PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM MENINGITE NA MACRORREGIÃO OESTE DO PARANÁ, ENTRE OS ANOS DE 2016 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.16558Palabras clave:
Meningite. Epidemiologia. Morbimortalidade.Resumen
A meningite é um processo inflamatório das meninges, essa doença pode ser causada por múltiplos agentes infecciosos, como bactérias, vírus fungos e agentes não infecciosos. Observa-se que o quadro clínico de meningite é grave, sendo uma síndrome caracterizada por febre, cefaleia intensa, rigidez de nuca, náusea, vômito, prostração e confusão mental, juntamente com sinais de irritação meníngea como Sinal de Kernig e Sinal de Brudzinski, acompanhados de alterações do Líquido Cefalorraquidiano (LCR). Embora as meningites virais serem as mais comuns, as de origem bacteriana possuem maior relevância epidemiológica devido ao alto potencial de causarem surtos, piores desfechos clínicos e altas taxas de morbimortalidade, principalmente em crianças de regiões com baixo nível socioeconômico. Dessa forma, o estudo do perfil epidemiológico dessa doença é de suma importância. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os agentes etiológicos e grupos de risco para o desenvolvimento da meningite, na Macrorregião Oeste do Paraná, entre os anos de 2016 e 2023. Para isso, os dados foram coletados da plataforma DATASUS e analisados estatisticamente. P-valor foi significativo quando < 0,05. Os resultados mostram que, embora os homens sejam mais afetados pela meningite, não diferiram significativamente das mulheres, no Paraná. Ainda, os resultados ressaltam que o principal grupo de risco são as crianças menores do que 1 ano de idade, seguido pelas faixas etárias de 20 a 39 e 40 a 59 anos. Embora sejam o principal grupo de risco, as crianças são aquelas que apresentam melhores desfechos, sendo o grupo com maior número de altas. Quanto aos principais tipos de meningite, destacam-se a meningite viral e bacteriana, sendo a viral aquela que apresenta melhor desfecho, em relação a meningite bacteriana. Os resultados obtidos neste estudo podem contribuir para a elaboração de políticas públicas visando a elaboração de protocolos e organização da assistência hospitalar, além do desenvolvimento de estratégias para aumentar a adesão e cobertura vacinal, sobretudo para os grupos de risco.
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