AVALIAÇÃO DO ESTRESSE CRÔNICO COMO ETIOLOGIA PARA DOENÇAS DERMATOLÓGICAS

Resumen

O estresse crônico é um fenômeno amplamente reconhecido por seus efeitos adversos sobre a saúde física e mental. Embora seus efeitos tenham sido predominantemente associados a distúrbios psicológicos, evidências crescentes sugerem sua contribuição para o desenvolvimento de doenças dermatológicas. A pele, como o maior órgão do corpo humano, é altamente sensível a mudanças no estado emocional, refletindo o impacto do estresse crônico em sua função e integridade. Compreender a interação entre o estresse crônico e as doenças dermatológicas é crucial para uma abordagem holística no tratamento e prevenção dessas condições. Objetivo: Examinar criticamente a literatura disponível sobre a relação entre o estresse crônico e as doenças dermatológicas, avaliando sua etiologia e mecanismos subjacentes. Metodologia: A revisão foi conduzida seguindo as diretrizes do PRISMA. As bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science foram pesquisadas por artigos publicados nos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram "stress", "chronic stress", "dermatological diseases", "skin disorders" e "psychodermatology". Os critérios de inclusão foram estudos que investigaram a associação entre estresse crônico e doenças dermatológicas, estudos publicados em inglês ou português, e estudos em humanos. Os critérios de exclusão foram estudos com amostras não representativas, estudos com foco exclusivo em distúrbios psicológicos e estudos com métodos não adequados. Resultados: A revisão revelou uma correlação significativa entre o estresse crônico e uma variedade de doenças dermatológicas, incluindo dermatite atópica, psoríase, acne e alopecia. Mecanismos imunológicos, neuroendócrinos e comportamentais foram implicados na patogênese dessas condições. A resposta inflamatória exacerbada e a disfunção da barreira cutânea foram identificadas como mediadores-chave. Conclusão: O estresse crônico emerge como um fator etiológico relevante para doenças dermatológicas, destacando a importância de abordagens integrativas no tratamento dessas condições. Uma compreensão abrangente dessas interações pode orientar intervenções terapêuticas mais eficazes e holísticas, visando não apenas os sintomas físicos, mas também os fatores psicossociais subjacentes.