INFECÇÃO POR ZIKA VIRUS NO BRASIL E BAIXADA FLUMINENSE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i10.12010Palabras clave:
Zika. Brasil. Rio de Janeiro. Baixada Fluminense. Nordeste. Microcefalia. Crianças. Doença. Transmissão. Vírus.Resumen
A infecção pelo Zika vírus (ZIKV), uma arbovirose emergente no Brasil que se tornou uma endemia no final do ano de 2015, ele chegou ao país em meados da Copa do Mundo de 2014. O primeiro caso de vírus Zika em humanos foi identificado em 1952, inicialmente tendo sido identificado em macacos em 1947 em Uganda. Os sintomas referidos pela infecção pelo Zika vírus não são específicos, podendo ser confundidos com outras doenças febris, como dengue e Chikungunya. A doença apresenta evolução benigna, e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após três a sete dias. O vírus disseminou-se na região nordeste e pelas américas. Resultados científicos contribuíram para aumentar a preocupação global com o vírus, já que, além da transmissão pela picada do mosquito contaminado, pela transmissão congênita/vertical, também há evidências que indicam o potencial significativo da transmissão pelo contato sexual. O surto de 2015 foi pela primeira vez associado à maior incidência de uma doença neurológica grave, a síndrome de Guillain-Barré. E no final do mesmo ano o Brasil se encontrou em outra situação preocupante que foi o grande crescimento no número de nascimentos de crianças com microcefalia e outras malformações fetais, cuja etiologia era, até aquele momento, desconhecida. O que mais tarde veio a ser diagnosticado como a síndrome congênita do vírus zika (SCVZ), transmitido pelo mesmo vetor da dengue e do chicungunya. Isso levou o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretarem uma emergência de saúde pública. Entre 2015 e 2020 a maior parte dos episódios de Zika vírus aconteceram nas regiões Nordeste e Sudeste. O Rio de Janeiro ocupa, seguido pela região Nordeste, a segunda posição com maior número de casos, sendo a Baixada Fluminense a região mais afetada no estado. Entre 2016 e 2021 o Rio de Janeiro regeu os casos notificados de Zika vírus com 94.092 casos, mas no ano de 2021 foram notificados apenas 188 casos. Em 2016 o município de Nova Iguaçu, tal como o Brasil, apresentou as maiores notificações de Zika vírus em 2016. A crise foi um indicativo de disparidade que há não só em termos de classe, mas de uma variedade de outras questões ligadas à estrutura de classes. O vírus do zika teve mais impacto no Nordeste, nos estados de Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, onde uma percentagem maior da população é pobre e as condições climáticas são mais favoráveis à propagação de vírus transmitidos por mosquitos do que no Sul, mais rico e menos tropical.
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