OCORRÊNCIA DE HIV NA POPULAÇÃO IDOSA DO BRASIL

Resumen

Introdução: A população idosa, com mais de 60 anos, representa um grupo demográfico crescente em todo o mundo. Em 2010, havia mais de 700 milhões de idosos no mundo e essa população deve dobrar até 2050. Além das doenças crônicas, tão comum na população idosa, as infecções sexualmente transmissíveis são um tema em pauta, quando se versa sobre a terceira idade. Objetivo: Estimar a ocorrência da HIV entre idosos acima de 60 anos no Brasil, entre os anos de 2010 a 2020. Metodologia: Estudo transversal, descritivo, com dados secundários disponíveis na plataforma do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram avaliados o quantitativo de casos confirmados de HIV na população idosa, de 2010 a 2020. Foi realizado o cálculo da taxa de incidência e sua evolução em cada região do país e avaliado as variáveis: raça, sexo, escolaridade e o critério categoria de exposição hierárquica. Os dados foram estudados no Microsoft Excel versão 2007. Resultados: Ocorreram 23.656 casos novos notificados de HIV em pessoas acima de 60 anos. A região Sudeste e a região Centro-Oeste notificaram o maior e menor quantitativo de casos, respectivamente Discussão: A sexualidade do idoso está sujeito aos mesmos riscos relacionados às IST como qualquer faixa etária. O autocuidado e a educação sexual devem ser mantidos ao longo da vida. A terceira idade não significa o fim da sexualidade e não é uma desculpa para evitar o cuidado com a saúde. Conclusão: O aumento de casos de HIV nessa população específica deixa claro que a vida sexual está ativa e por isso a conscientização sobre o uso de preservativos é fundamental para garantia de um sexo seguro. Assim, busquemos promover um envelhecimento com segurança em saúde, com responsabilidades compartilhadas entre profissionais, políticas públicas e o próprio idoso.