IMPACTO DA MICROBIOTA INTESTINAL NA RESISTÊNCIA À INSULINA E OBESIDADE

Autores

  • Valter Dias da Silva Centro Universitário de Adamantina- FAI
  • Ana Lucia Pereira da Silva Schiave Universidade Central do Paraguai
  • Andréia Aguiar da Fonseca Lima Faculdade de Ciências Medicas Manacapuru
  • Bruno Michael Santos Romera UNINOVE
  • Geovanna Saijo Cebalho da Silva UNIVAG
  • Giovana Araújo e Nunes UNIVAG
  • Julia Augusta Quintino Ramiro UNIRV
  • Júlia Cruz Santos e Ferreira UNIBH
  • Lucas Cumini Mauro Centro universitário de Várzea Grande
  • Maria Aparecida Ferreira FAM
  • Mário Márcio Nogueira Ferraz UNEMAT
  • Pedro Paulo Moura Ferro Filho Unieva
  • Rayson Bellos Silva Ulbra
  • Thiago Jacobi Pacheco Universidade Central do Paraguai

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22280

Palavras-chave:

Microbiota Intestinal. Obesidade. Resistência à Insulina. Disbiose.

Resumo

O aumento da prevalência da obesidade e da resistência à insulina (RI) representa um desafio global de saúde, impulsionando a busca por novos fatores etiológicos. Esta revisão sistemática objetivou analisar criticamente os mecanismos recentes (2020–2025) pelos quais a microbiota intestinal alterada, ou disbiose, influencia a progressão dessas condições metabólicas. A metodologia empregou uma busca rigorosa em bases de dados como PubMed e Scopus, utilizando termos-chave como "Microbiota Intestinal", "Resistência à Insulina" e "Obesidade", conforme as diretrizes PRISMA. Os resultados consolidaram que a disbiose é um fator causal ativo, caracterizada pela perda de diversidade microbiana e alterações funcionais que promovem a patogênese. O principal mecanismo de ligação é a inflamação metabólica de baixo grau, desencadeada pela endotoxemia resultante do aumento da permeabilidade intestinal e da translocação do Lipopolissacarídeo (LPS) para a circulação sistêmica. O LPS ativa vias inflamatórias que sabota a sinalização da insulina em tecidos-chave. Adicionalmente, a disbiose regula o metabolismo hospedeiro através da modulação dos metabólitos microbianos. Enquanto o excesso de Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCCs) pode contribuir para a lipogênese e o ganho de peso, a alteração no pool de Ácidos Biliares (ABs) afeta a homeostase da glicose via receptores endócrinos. Em conclusão, a modulação da microbiota, primariamente por meio da intervenção dietética, e o desenvolvimento de terapias de precisão (probióticos de próxima geração e pós-bióticos) são estratégias promissoras. Contudo, é fundamental que pesquisas futuras foquem na metagenômica funcional para validar a causalidade e otimizar intervenções direcionadas ao eixo intestino-hospedeiro, visando o tratamento eficaz da obesidade e da RI.

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Biografia do Autor

Valter Dias da Silva, Centro Universitário de Adamantina- FAI

Graduado em Farmácia, Centro Universitário de Adamantina- FAI, São Paulo, Adamantina, Brasil.

Ana Lucia Pereira da Silva Schiave, Universidade Central do Paraguai

Graduada em Medicina, Universidade Central do Paraguai, Amambay, Pedro Juan Caballero, Paraguai.

Andréia Aguiar da Fonseca Lima, Faculdade de Ciências Medicas Manacapuru

Graduanda em Medicina, Afya Faculdade de Ciências Medicas Manacapuru, Amazonas, Manacapuru, Brasil.

Bruno Michael Santos Romera, UNINOVE

Graduando em medicina, Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo, São Paulo, Brasil.

Geovanna Saijo Cebalho da Silva , UNIVAG

Graduanda em medicina, Centro Universitário de Várzea Grande – UNIVAG, Mato Grosso, Várzea Grande, Brasil.

Giovana Araújo e Nunes, UNIVAG

Graduanda em medicina, Centro universitário de Várzea Grande – UNIVAG, Mato-Grosso, Várzea Grande, Brasil.

Julia Augusta Quintino Ramiro, UNIRV

Graduada em medicina, Univerdade de Rio Verde- Campus Rio Verde (UNIRV), Goiás, Rio Verde, Brasil.

Júlia Cruz Santos e Ferreira, UNIBH

Graduada em medicina, Centro Universitário de Belo Horizonte – UNIBH, Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil. 

Lucas Cumini Mauro, Centro universitário de Várzea Grande

Graduando em medicina, Centro universitário de Várzea Grande, Cuiabá- Mato Grosso.

Maria Aparecida Ferreira, FAM

Graduanda em medicina, Faculdade das Américas ( FAM), São Paulo, São Paulo, Brasil.

Mário Márcio Nogueira Ferraz, UNEMAT

Graduando em medicina, universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT), Mato Grosso, Cáceres, Brasil.

Pedro Paulo Moura Ferro Filho, Unieva

Graduado em Medicina, Unievangélica- Go (Unieva), Goiás, Goiânia, Brasil.

Rayson Bellos Silva, Ulbra

Graduado em medicina, Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) Canoas, Brasil.

Thiago Jacobi Pacheco, Universidade Central do Paraguai

Graduado em Medicina, Universidade Central do Paraguai, Amambay, Pedro Juan Caballero, Paraguai.

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Publicado

2025-11-17

Como Citar

Silva, V. D. da, Schiave, A. L. P. da S., Lima, A. A. da F., Romera, B. M. S., Silva , G. S. C. da, Nunes, G. A. e, … Pacheco, T. J. (2025). IMPACTO DA MICROBIOTA INTESTINAL NA RESISTÊNCIA À INSULINA E OBESIDADE. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(11), 4753–4766. https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22280