BEBIDAS AÇUCARADAS, SÓDIO E ADITIVOS ALIMENTARES: UMA RESENHA CRÍTICA SOBRE OS IMPACTOS DOS ULTRAPROCESSADOS NA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA

Resumo

O presente artigo tem como objetivo realizar uma resenha crítica sobre estudos que analisaram a presença de açúcares, sódio e aditivos alimentares em bebidas e produtos ultraprocessados disponíveis no mercado brasileiro. A metodologia utilizada foi de caráter qualitativo, baseada em pesquisa bibliográfica, com análise comparativa de artigos científicos nacionais e internacionais publicados em periódicos reconhecidos, complementados por diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os resultados indicaram que 35% das amostras de néctares não informam o teor de açúcar, enquanto refrigerantes apresentam médias de 17,6 g por 200 mL, valor próximo ao limite diário recomendado pela OMS. Em relação ao sódio, estudos apontaram que 67% dos alimentos processados ultrapassam 210 mg por porção, e 20% dos produtos infantis excedem os limites de segurança. Além disso, todos os produtos voltados para crianças analisados continham ao menos um aditivo alimentar, como corantes artificiais e conservantes, associados a riscos à saúde. A discussão ressaltou falhas de rotulagem, influência da publicidade infantil e desigualdades sociais no acesso a alimentos saudáveis. Conclui-se que a redução do consumo de ultraprocessados demanda ações integradas entre academia, governo e sociedade civil, a fim de promover hábitos alimentares mais saudáveis e reduzir o impacto das doenças crônicas não transmissíveis.