HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE EM ANGOLA: CARACTERIZAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL FRENTE AO CENÁRIO GLOBAL
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20892Palavras-chave:
Humanização da Assistência OR Humanization of Health Care AND Políticas de Saúde OR Health Policies AND Angola.Resumo
Este estudo teve como objetivo analisar a caracterização da Política Nacional de Humanização em Saúde em Angola frente ao cenário global, por meio de revisão integrativa da literatura. Foram consultadas as bases PubMed, LILACS e BDENF, com recorte temporal de janeiro de 2019 a julho de 2025, utilizando descritores relacionados à humanização e políticas de saúde. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 18 artigos foram selecionados para análise, sendo organizados em fluxograma PRISMA e tabela de síntese. Os resultados evidenciam que a humanização nos serviços de saúde impacta positivamente a qualidade do atendimento, a satisfação dos pacientes e o desempenho institucional. Práticas como acolhimento, comunicação clara, atenção centrada no paciente e capacitação contínua dos profissionais são apontadas como estratégias essenciais. Entretanto, barreiras estruturais, sobrecarga de profissionais, limitações de recursos e fatores culturais dificultam a implementação efetiva das políticas, refletindo desafios similares aos encontrados em outros países com contextos de baixa renda. No contexto angolano, a Política Nacional de Humanização, respaldada pelo Decreto Presidencial n. º 21/18 e pelo Programa Nacional de Humanização da Assistência na Saúde (PNHAS), representa uma oportunidade de alinhar o país às diretrizes globais de atenção centrada na pessoa e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A integração das políticas de humanização com o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário (MINSA, 2022) oferece base normativa para fortalecer a prática humanizada, promovendo equidade, qualidade no atendimento e participação do usuário. Conclui-se que investir na humanização dos serviços de saúde em Angola é estratégico para aprimorar o cuidado, reduzir desigualdades e fortalecer a confiança da população no sistema de saúde. Recomenda-se aprofundar pesquisas sobre a efetividade das políticas implementadas, considerando aspectos culturais e estratégias inovadoras em contextos de recursos limitados.
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