HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: UM OLHAR SOBRE A MASCULINIDADE E O AUTOCUIDADO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i5.19127Palavras-chave:
Hipertensão Arterial Sistêmica. Masculinidade. Autocuidado.Resumo
Introdução: A hipertensão é uma condição crônica prevalente que, se não tratada adequadamente, pode levar a complicações graves como doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. Estudos indicam que homens tendem a negligenciar cuidados com a saúde devido a construções sociais de masculinidade que valorizam a força e a invulnerabilidade, contribuindo para a subestimação dos riscos associados à HAS. Aspectos metodológicos: Metodologicamente, a revisão integrativa da literatura foi conduzida pela seguinte questão norteadora: Como a masculinidade impacta o autocuidado em homens com hipertensão arterial sistêmica? e Qual o papel da enfermagem na promoção do autocuidado e na adesão ao tratamento da hipertensão em homens? A busca foi realizada em bases de dados científicas como PubMed, SciELO e LILACS, utilizando descritores relacionados à "Hipertensão Arterial Sistêmica," "Masculinidade," "Autocuidado," "Enfermagem," e "Saúde do Homem”e "Systemic Arterial Hypertension," "Masculinity," "Self-care," "Nursing," and "Men's Health". Foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos, em português e inglês, que abordaram a relação entre masculinidade e cuidados com a saúde em homens hipertensos. Resultados e discussão: A construção social da masculinidade influencia diretamente o comportamento de saúde dos homens, afetando suas práticas de autocuidado e adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS). O modelo de masculinidade hegemônica valoriza atributos como força e resistência, desencorajando a procura por cuidados médicos e a adoção de medidas preventivas. Esse padrão também impacta a forma como os homens percebem o envelhecimento e a necessidade de autocuidado, especialmente entre os idosos. A resistência ao tratamento é exacerbada por fatores socioculturais, como a ideia de invulnerabilidade associada ao papel de provedor. A atuação da enfermagem é essencial na promoção do autocuidado, superando barreiras culturais e educando os homens sobre a importância do tratamento contínuo e da adesão às recomendações médicas. Além disso, a visita domiciliar e o vínculo de confiança entre enfermeiro e paciente são fundamentais para garantir o sucesso das intervenções. Conclusão: O autocuidado entre homens, especialmente no controle da hipertensão, ainda é deficitário. Este trabalho visa mostrar como os enfermeiros podem promover o autocuidado para reduzir os riscos da doença. Homens acima de 40 anos, frequentemente distantes da Atenção Primária, são mais vulneráveis a doenças cardiovasculares. Enfermeiros nas ESF utilizam ações educativas para aumentar a adesão ao tratamento e alertar sobre os riscos da hipertensão, alinhando-se às diretrizes da PNAISH para promover a saúde masculina.
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