SÍNDROME DE MUCKLE-WELLS: ASPECTOS CLÍNICOS, DIAGNÓSTICO E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS

Autores

  • Gabriela Simões Henriques Faculdade de Medicina de Campos
  • Daniel Carvalho Davalo Universidad Internacional Tres Fronteras
  • Guilherme Escuin Gonçalves Moreira Universidade de Itaúna
  • Alice Pires da Rocha Fontan Faculdade de Medicina de Campos
  • Isadora Ribeiro Lima Pereira FAMENE
  • Natália Pereira Barcelos UniAtenas

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i4.18375

Palavras-chave:

Síndrome de Muckle-Wells, Síndromes Periódicas Associadas à Criopirina, Criopirinopatia.

Resumo

A síndrome de Muckle-Wells (MW) é uma doença rara e hereditária, pertencente ao grupo das doenças autoimunes e auto-inflamatórias. Caracteriza-se principalmente por episódios febris recorrentes, erupções cutâneas, artralgias e perda auditiva progressiva. Sua etiologia está associada a mutações no gene NLRP3, que codifica uma proteína envolvida na ativação do inflamassomo, levando à produção excessiva de citocinas inflamatórias, como a IL-1. A manifestação clínica é variável, podendo incluir também comprometimento renal e sinais sistêmicos de inflamação. Embora o diagnóstico seja clínico, a confirmação é realizada por meio de testes genéticos que identificam mutações no NLRP3. No entanto, muitos casos não apresentam mutações identificáveis, o que dificulta o diagnóstico. O tratamento baseia-se no uso de medicamentos anti-inflamatórios, como a colchicina, e inibidores da IL-1, como a anakinra, que têm demonstrado eficácia no controle das crises inflamatórias e na prevenção de danos irreversíveis, como a perda auditiva e insuficiência renal. A detecção precoce da doença e a intervenção terapêutica adequada são cruciais para melhorar o prognóstico dos pacientes, pois a evolução pode ser controlada com terapias precoces. A evolução da síndrome pode ser marcada por complicações, principalmente na perda auditiva, que ocorre em uma porcentagem significativa dos pacientes, impactando diretamente a qualidade de vida. O acompanhamento contínuo e o manejo especializado são essenciais para otimizar o tratamento e minimizar os danos a longo prazo. No futuro, o desenvolvimento de biomarcadores específicos para a síndrome e novas terapias direcionadas ao inflamassomo podem melhorar ainda mais o controle da doença e a qualidade de vida dos pacientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriela Simões Henriques, Faculdade de Medicina de Campos

Acadêmica de Medicina, Faculdade de Medicina de Campos.

Daniel Carvalho Davalo, Universidad Internacional Tres Fronteras

Médico pela Universidad Internacional Tres Fronteras.

Guilherme Escuin Gonçalves Moreira, Universidade de Itaúna

Acadêmico de Medicina, Universidade de Itaúna.

Alice Pires da Rocha Fontan, Faculdade de Medicina de Campos

Acadêmica de Medicina, Faculdade de Medicina de Campos.

Isadora Ribeiro Lima Pereira, FAMENE

Médica pela Faculdade de Medicina Nova Esperança- FAMENE.

Natália Pereira Barcelos, UniAtenas

Acadêmica de Medicina, Centro Universitário Atenas – UniAtenas.

Downloads

Publicado

2025-04-14

Como Citar

Henriques, G. S., Davalo, D. C., Moreira, G. E. G., Fontan, A. P. da R., Pereira, I. R. L., & Barcelos, N. P. (2025). SÍNDROME DE MUCKLE-WELLS: ASPECTOS CLÍNICOS, DIAGNÓSTICO E ABORDAGENS TERAPÊUTICAS. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(4), 1829–1837. https://doi.org/10.51891/rease.v11i4.18375