PARACOCCIDIOIDOMICOSE: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i4.18374Palavras-chave:
Paracoccidioidomicose. Infecções por Paracoccidioides. Infectologia.Resumo
A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica endêmica na América Latina, causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. Afeta principalmente homens em áreas rurais, com manifestações clínicas que variam desde formas assintomáticas até doenças graves que comprometem múltiplos órgãos, especialmente pulmões, pele e mucosas. A infecção ocorre predominantemente por inalação de conídios do fungo presentes no solo, levando a uma infecção pulmonar primária que pode disseminar-se para outras partes do corpo. O diagnóstico é baseado em achados clínicos, exames laboratoriais e métodos de imagem, sendo a histopatologia e os testes sorológicos essenciais para a confirmação da doença. O tratamento envolve o uso prolongado de antifúngicos, como itraconazol ou sulfametoxazol-trimetoprima, e, em casos graves, anfotericina B. A duração do tratamento pode variar de meses a anos, dependendo da gravidade do caso e da resposta clínica do paciente. Além disso, há preocupação com as complicações pulmonares crônicas e fibrose, que podem impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A prevenção é desafiadora devido à ampla distribuição ambiental do fungo, mas medidas como o uso de equipamentos de proteção individual por trabalhadores rurais podem reduzir o risco de infecção. A morbidade significativa associada à doença destaca a necessidade de estratégias eficazes de diagnóstico precoce e tratamento adequado, além do investimento em pesquisas para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e imunoprofiláticas.
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