DA INFÂNCIA À ADOLESCÊNCIA: EXPLORANDO A CRISE EXISTENCIAL DA TRANSIÇÃO

Autores

  • Lenita Gomes Barbosa Manika UniEnsino
  • Lilian Lima Bonfim Costa Schnaider UniEnsino
  • Diego da Silva UniEnsino

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.17143

Palavras-chave:

Crise existencial. Adolescência. Mudanças.

Resumo

Transição da infância para a adolescência é um período de intensas transformações que impactam o indivíduo de maneira física, emocional, social e cognitiva. No aspecto biológico, o início da puberdade traz mudanças corporais evidentes, guiadas por alterações hormonais que influenciam tanto o físico quanto o estado emocional. No campo psicológico, emerge uma busca por identidade própria, com questionamentos sobre valores, crenças e relações, enquanto, no mesmo tempo em que o adolescente começa a estabelecer maior independência sobre à família. Socialmente, as interações com os pares tornam-se mais relevantes, podendo contribuir na formação de vínculos e para a definição do lugar no grupo e na sociedade. Apesar dos desafios e incertezas que caracterizam essa etapa, ela é primordial para o desenvolvimento de habilidades como senso crítico, autonomia e maturidade emocional, preparando o indivíduo para os próximos estágios da vida. Essas reflexões tornam-se ainda mais complexas pela pressão social e pela influência das relações com os pares, que passam a desempenhar um papel central na formação da identidade. A autoimagem pode se tornar frágil, muitas vezes distorcida, e o adolescente pode sentir-se dividido entre as expectativas externas e o desejo de afirmar sua individualidade. Crise existencial pode ser descrita como uma experiência intensa e desafiadora, repleta de profundas transformações internas, questionamentos sem fim e incertezas sobre o propósito e o sentido da vida. É um fenômeno que emerge quando indivíduos confrontam aspectos fundamentais de sua existência, como identidade, propósito e valores. Essa vivência é ainda mais significativa durante a adolescência, uma fase marcada por mudanças no âmbito biológico, psicológico e social. Nesse período de transição e construção de identidade, os questionamentos tornam-se mais intensos, gerando reflexões sobre o próprio lugar no mundo e exacerbando a sensibilidade em relação à autoimagem. Com isso, não é raro que as crises existenciais sejam acompanhadas por sentimentos de inadequação, confusão e, em alguns casos, sofrimento emocional, especialmente quando o jovem se depara com expectativas externas e pressões sociais. Por ser um período de grande vulnerabilidade, essas crises podem influenciar diretamente no desenvolvimento pessoal, afetando tanto a percepção de si mesmo quanto a relação com o outro. Assim, compreender e acolher esses momentos de incerteza torna-se essencial para promover uma jornada de autoconhecimento e ressignificação, contribuindo para o amadurecimento emocional e a construção de uma identidade mais sólida e resiliente. A crise existencial, nesse contexto, pode ser vista como um processo natural e, muitas vezes, necessário, que incentiva o autoconhecimento e a maturidade emocional. No entanto, é essencial oferecer suporte, acolhimento e orientação, para que o jovem possa enfrentar os desafios dessa transição de maneira saudável, encontrando respostas que fortaleçam sua identidade e promovam um desenvolvimento equilibrado.

Biografia do Autor

Lenita Gomes Barbosa Manika, UniEnsino

Discente do curso de Psicologia da UniEnsino.

Lilian Lima Bonfim Costa Schnaider, UniEnsino

Discente do curso de Psicologia da UniEnsino.

Diego da Silva, UniEnsino

Psicólogo, mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pela UFPR. Docente do curso de Psicologia da UniEnsino.

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Publicado

2024-11-28

Como Citar

Manika, L. G. B., Schnaider, L. L. B. C., & Silva, D. da. (2024). DA INFÂNCIA À ADOLESCÊNCIA: EXPLORANDO A CRISE EXISTENCIAL DA TRANSIÇÃO. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(11), 7480–7501. https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.17143