DA INFÂNCIA À ADOLESCÊNCIA: EXPLORANDO A CRISE EXISTENCIAL DA TRANSIÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.17143Palavras-chave:
Crise existencial. Adolescência. Mudanças.Resumo
Transição da infância para a adolescência é um período de intensas transformações que impactam o indivíduo de maneira física, emocional, social e cognitiva. No aspecto biológico, o início da puberdade traz mudanças corporais evidentes, guiadas por alterações hormonais que influenciam tanto o físico quanto o estado emocional. No campo psicológico, emerge uma busca por identidade própria, com questionamentos sobre valores, crenças e relações, enquanto, no mesmo tempo em que o adolescente começa a estabelecer maior independência sobre à família. Socialmente, as interações com os pares tornam-se mais relevantes, podendo contribuir na formação de vínculos e para a definição do lugar no grupo e na sociedade. Apesar dos desafios e incertezas que caracterizam essa etapa, ela é primordial para o desenvolvimento de habilidades como senso crítico, autonomia e maturidade emocional, preparando o indivíduo para os próximos estágios da vida. Essas reflexões tornam-se ainda mais complexas pela pressão social e pela influência das relações com os pares, que passam a desempenhar um papel central na formação da identidade. A autoimagem pode se tornar frágil, muitas vezes distorcida, e o adolescente pode sentir-se dividido entre as expectativas externas e o desejo de afirmar sua individualidade. Crise existencial pode ser descrita como uma experiência intensa e desafiadora, repleta de profundas transformações internas, questionamentos sem fim e incertezas sobre o propósito e o sentido da vida. É um fenômeno que emerge quando indivíduos confrontam aspectos fundamentais de sua existência, como identidade, propósito e valores. Essa vivência é ainda mais significativa durante a adolescência, uma fase marcada por mudanças no âmbito biológico, psicológico e social. Nesse período de transição e construção de identidade, os questionamentos tornam-se mais intensos, gerando reflexões sobre o próprio lugar no mundo e exacerbando a sensibilidade em relação à autoimagem. Com isso, não é raro que as crises existenciais sejam acompanhadas por sentimentos de inadequação, confusão e, em alguns casos, sofrimento emocional, especialmente quando o jovem se depara com expectativas externas e pressões sociais. Por ser um período de grande vulnerabilidade, essas crises podem influenciar diretamente no desenvolvimento pessoal, afetando tanto a percepção de si mesmo quanto a relação com o outro. Assim, compreender e acolher esses momentos de incerteza torna-se essencial para promover uma jornada de autoconhecimento e ressignificação, contribuindo para o amadurecimento emocional e a construção de uma identidade mais sólida e resiliente. A crise existencial, nesse contexto, pode ser vista como um processo natural e, muitas vezes, necessário, que incentiva o autoconhecimento e a maturidade emocional. No entanto, é essencial oferecer suporte, acolhimento e orientação, para que o jovem possa enfrentar os desafios dessa transição de maneira saudável, encontrando respostas que fortaleçam sua identidade e promovam um desenvolvimento equilibrado.
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