A COMÉDIA E O FREE SPEECH COMO PEDAGOGIAS DO TEMPO PRESENTE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.17115Palavras-chave:
Free Speech. Comédia. Pedagogias do Presente.Resumo
Esse artigo analisa como o aparecimento meteórico de comediantes de stand up reinterpretam o free speech (liberdade de expressão) na última década. Os quais passam a transitar em diferentes espaços midiáticos como palcos, teatros, programas televisivos, redes sociais, serviços de assinatura streaming se associando ao humor acrítico e dirigido à comercialização de produtos e serviços indicados em suas plataformas virtuais. Ao colocarem em evidência o estrelato individual e o consumo, esses comediantes assumem o que Camozzato (2014) define como pedagogia do tempo presente, ao ensinarem modos específicos de constituição de sujeitos, os quais priorizam o empreendedorismo na comédia e o consumo como formas de vida desejáveis. A pesquisa adota como metodologia, a etnografia de tela descrita por Balestrin e Soares (2017), a qual agrega técnicas utilizadas pela antropologia clássica à análise de imagens produzidas em áudio e vídeo no campo de cultura e da educação. E utiliza como material empírico, o episódio “Chelsea e o Racismo” que integra a série norte-americana Chelsea Does, disponível desde seu lançamento em 2016 na plataforma Netflix. Os resultados apontam para o emprego da comédia do gênero free speech como campo para produção de subjetividades do tempo presente.
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