MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAIS DE DOENÇAS AUTOIMUNES EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: INTERVENÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS

Resumo

Introdução: As manifestações gastrointestinais em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) são frequentemente subdiagnosticadas, mas podem causar considerável morbidade. O LES, uma doença autoimune crônica, afeta predominantemente mulheres e pode levar a complicações gastrointestinais, como dor abdominal, náuseas, diarreia e até perfurações intestinais. A inflamação sistêmica associada ao LES pode comprometer a função gastrointestinal, gerando um quadro clínico complexo que requer atenção especial. As intervenções clínicas e cirúrgicas são fundamentais para abordar essas manifestações, visto que a gestão inadequada pode resultar em complicações graves e impactar a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Examinar as manifestações gastrointestinais do lúpus eritematoso sistêmico e as intervenções clínicas e cirúrgicas necessárias para seu manejo. Metodologia: A metodologia foi desenvolvida com base no checklist PRISMA. As bases de dados utilizadas foram PubMed, Scielo e Web of Science, com os descritores Imunoglobulinas, Inflamação, Fibrose, Mal absorção e Dor abdominal. Os critérios de inclusão foram: estudos que abordassem manifestações gastrointestinais em pacientes com LES, publicações dos últimos 10 anos e que incluíssem dados sobre mulheres. Excluíram-se artigos que não focassem em manifestações gastrointestinais, revisões de literatura e estudos com amostras pequenas. Resultados: Os resultados mostraram que as intervenções clínicas, como o controle da dor e a terapia imunossupressora, são essenciais para gerenciar as manifestações gastrointestinais. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária, especialmente em situações de perfuração intestinal ou isquemia. A análise revelou que o manejo multidisciplinar, envolvendo gastroenterologistas e reumatologistas, foi crucial para otimizar os desfechos clínicos. Conclusão: As manifestações gastrointestinais no lúpus eritematoso sistêmico requerem um enfoque cuidadoso e um manejo integrado. A revisão destacou a importância das intervenções clínicas e cirúrgicas, enfatizando a necessidade de um tratamento personalizado, especialmente para mulheres, para melhorar a qualidade de vida e minimizar complicações.