ABORDAGEM DA RELAÇÃO ENTRE O USO DE CONTRASTE E AS GLOMERULOPATIAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i10.16083Palavras-chave:
Uso de contraste. Glomerulopatias. Insuficiência renal. Nefrite e efeitos adversos.Resumo
Introdução: A relação entre o uso de contraste em exames de imagem e as glomerulopatias emergiu como uma preocupação significativa na prática clínica, uma vez que a administração de agentes de contraste, especialmente aqueles à base de iodo, pode desencadear ou agravar danos renais. As glomerulopatias, que englobam uma variedade de condições que afetam os glomérulos, são caracterizadas por inflamação e lesões nos rins, podendo levar à insuficiência renal. A compreensão dos mecanismos pelos quais os agentes de contraste influenciam a função renal é crucial para otimizar a segurança do paciente e desenvolver diretrizes adequadas para a utilização desses recursos diagnósticos. Objetivo: Analisar a associação entre o uso de contraste em exames de imagem e o desenvolvimento ou agravamento de glomerulopatias, buscando identificar padrões e diretrizes que possam auxiliar na prática clínica. Metodologia: A pesquisa foi realizada seguindo o checklist PRISMA, abrangendo artigos publicados nos últimos dez anos, extraídos das bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Utilizaram-se cinco descritores: "uso de contraste", "glomeulopatias", "insuficiência renal", "nefrite", e "efeitos adversos". Os critérios de inclusão consideraram estudos que avaliavam a relação entre o uso de contraste e a função renal, ensaios clínicos randomizados, e artigos revisados por pares. Já os critérios de exclusão abrangeram estudos com amostras pediátricas, publicações que não apresentaram dados empíricos, e pesquisas focadas em outras patologias renais. Resultados: Os resultados mostraram que a exposição a agentes de contraste, especialmente em pacientes com função renal comprometida, foi frequentemente associada a um aumento na incidência de lesões renais agudas. Além disso, vários estudos indicaram que o risco de nefropatia induzida por contraste é elevado em indivíduos com histórico de diabetes mellitus e hipertensão. As diretrizes atuais enfatizaram a necessidade de avaliação cuidadosa antes da administração de contraste em populações vulneráveis. Conclusão: A análise sistemática evidenciou que o uso de contraste em exames de imagem possui implicações significativas para a saúde renal, especialmente em pacientes predispostos a glomerulopatias. Essas descobertas reforçam a importância de uma abordagem cautelosa e individualizada ao considerar exames que envolvem agentes de contraste, visando minimizar riscos e proteger a função renal.
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