DA CONCOMITÂNCIA DE DOIS TEMPOS DIVERGENTES: COLONOS AMBIENTALISTAS E OPERÁRIOS MINEIROS NA CRICIÚMA CONTEMPORÂNEA
doi.org/10.29327/211653.6.9-4
Palavras-chave:
Colonização. Mineração. Criciúma. Ambientalismo.Resumo
Com base em uma concepção heterogênea do tempo, este estudo procura refletir sobre os conflitos entre o movimento operário mineiro e os movimentos ambientalistas que tiveram seu ápice em Criciúma sobretudo a partir da década de 1990, admitindo-os enquanto concomitância de dois tempos que traziam consigo divergentes projetos de futuro para a cidade: o passado-presente da Capital do Carvão, ainda em busca da plena realização do progresso que por ele fora prometido ao longo do século XX, e o tempo “presentista” da Cidade das Etnias, disposto a quase tudo para deter o alcance desta mesma promessa carvoeira. Entende-se que as crescentes práticas de patrimonialização do meio-ambiente e da memória, sobretudo de uma sobrevalorização da memória dos grupos que colonizaram a região a partir do final do século XIX, desempenharam papel estratégico nos processos de reacomodação de uma cultura política legitimada nos tradicionais esquemas de identificação étnica, e que tinha na força do movimento operário mineiro um dos seus principais adversários.
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