INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS PARA FÍSTULAS OBSTÉTRICAS EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO: DESAFIOS NA REABILITAÇÃO GINECOLÓGICA E UROLÓGICA

Autores

  • Fabricio Ferreira Freire Universidade Federal de Lavras
  • Guilherme Marques Reis FAMINAS
  • Yasmin Pereira Vieira Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais
  • Vitória Severo Jeremias de Ávila Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v10i10.15903

Palavras-chave:

Fístula obstétrica. Intervenção cirúrgica. Reabilitação ginecológica. Reabilitação urológica e países em desenvolvimento.

Resumo

Introdução: As fístulas obstétricas representam um grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento, frequentemente resultantes de partos obstruídos. Essas condições podem causar não apenas sérios danos físicos, como incontinência urinária e complicações ginecológicas, mas também impactos sociais profundos, como estigmatização e exclusão. A reabilitação ginecológica e urológica após intervenções cirúrgicas é um componente crucial no tratamento dessas fístulas, porém enfrenta diversos desafios, incluindo a escassez de recursos, a falta de capacitação profissional e barreiras culturais que dificultam o acesso aos cuidados necessários. Objetivo: Explorar as intervenções cirúrgicas para fístulas obstétricas e os desafios associados à reabilitação ginecológica e urológica em contextos de países em desenvolvimento. Metodologia: A pesquisa foi realizada com base no checklist PRISMA, abrangendo artigos publicados nos últimos 10 anos nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram utilizados cinco descritores: “fístula obstétrica”, “intervenção cirúrgica”, “reabilitação ginecológica”, “reabilitação urológica” e “países em desenvolvimento”. Os critérios de inclusão consistiram em: estudos que abordaram intervenções cirúrgicas para fístulas obstétricas, artigos que analisaram a reabilitação ginecológica e urológica, e publicações em inglês, português ou espanhol. Por outro lado, os critérios de exclusão foram: artigos que não abordaram o contexto de países em desenvolvimento, estudos com foco em fístulas não obstétricas e revisões não originais. Resultados: Os resultados destacaram que, apesar dos avanços nas técnicas cirúrgicas, a reabilitação enfrenta desafios significativos, como a necessidade de programas de acompanhamento adequados e a resistência cultural a intervenções urológicas. Além disso, foram identificados gaps na formação de profissionais de saúde, limitando a eficácia do tratamento. Os pacientes frequentemente relataram dificuldades emocionais e sociais que impactaram sua recuperação. Conclusão: Em síntese, as intervenções cirúrgicas para fístulas obstétricas, embora essenciais, não são suficientes sem uma abordagem abrangente de reabilitação ginecológica e urológica. Para melhorar os desfechos, é necessário investir em capacitação profissional e conscientização comunitária, promovendo uma recuperação holística para as mulheres afetadas por essas condições desafiadoras.

Biografia do Autor

Fabricio Ferreira Freire, Universidade Federal de Lavras

Médico. Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Guilherme Marques Reis, FAMINAS

Médico. Faculdade de minas-FAMINAS BH.

Yasmin Pereira Vieira, Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais

Médica. Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais – FCMMG.

Vitória Severo Jeremias de Ávila, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Médica. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).

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Publicado

2024-10-03

Como Citar

Freire, F. F., Reis, G. M., Vieira, Y. P., & Ávila, V. S. J. de. (2024). INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS PARA FÍSTULAS OBSTÉTRICAS EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO: DESAFIOS NA REABILITAÇÃO GINECOLÓGICA E UROLÓGICA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 10(10), 429–438. https://doi.org/10.51891/rease.v10i10.15903