PROCRASTINAÇÃO E ESGOTAMENTO EMOCIONAL ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS: O PAPEL DA SOBRECARGA MENTAL NA MOTIVAÇÃO E ADIAMENTO DE TAREFAS

Resumo

Este artigo buscou investigar os fatores associados à procrastinação e motivação entre estudantes universitários e suas implicações para a saúde mental. A procrastinação, um comportamento comum entre estudantes, está associada a dificuldades na regulação emocional e pode impactar negativamente o desempenho acadêmico e o bem-estar. O estudo utilizou uma amostra de 618 estudantes de uma universidade no Brasil e avaliou variáveis como sintomas de depressão, estresse, ansiedade, ideação suicida, autopercepção de saúde, satisfação com a imagem corporal e estilo de vida. Os resultados indicaram que fatores como depressão, ansiedade, estresse e insatisfação com a autoimagem estão relacionados ao aumento da procrastinação, enquanto a motivação mostrou-se um fator protetor. Estudantes com maior motivação relataram menos procrastinação, sugerindo que intervenções voltadas para aumentar a motivação e melhorar a regulação emocional podem ser eficazes para reduzir a procrastinação e melhorar a saúde mental dos estudantes. Esses achados destacam a necessidade de estratégias que promovam o bem-estar e o desempenho acadêmico, abordando tanto os aspectos emocionais quanto motivacionais.