PLANTÃO PSICOLÓGICO E ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA: O ACOLHIMENTO DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

Resumo

A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) se difere das outras abordagens, principalmente, por não possuir uma técnica e sim uma compreensão do homem em sua relação com o mundo. Nesta abordagem, o plantão psicológico surge como uma forma de acolhimento e escuta ativa. A psicologia brasileira, que já foi vista como uma prática elitista, pode, através deste serviço, oferecer atendimento não apenas de socorro psicológico, mas também, como medida interventiva e preventiva da crise à população em situação de rua. Este artigo teórico, tem por objetivo identificar as práticas, apontadas na literatura brasileira, que podem ser desenvolvidas para realizar o acolhimento através do plantão psicológico, com estas pessoas marginalizadas socialmente. Os estudos revisados sugerem uma nova perspectiva na prática do plantão psicológico, baseada na convicção do potencial de transformação do indivíduo. Especialmente, ao enfrentar relatos de humilhação, dinâmicas familiares fragilizadas e os desafios inerentes à vida nas ruas. A escuta ativa e a presença cuidadosa do terapeuta são destacadas como elementos fundamentais para compreender a experiência do cliente e refletir conjuntamente sobre formas mais assertivas para lidar com sua dificuldade.