DOENÇA HEMORROIDÁRIA: UMA REVISÃO DOS ASPECTOS ETIOPATOGÊNICOS, CLÍNICOS, DIAGNÓSTICOS E TERAPÊUTICOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i3.13362Palavras-chave:
Doença hemorroidária. Hemorróidas. Hemorroidectomia. Epidemiologia. Doenças anais.Resumo
A doença hemorroidária (DH) é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, representando um desafio significativo para médicos e pacientes devido aos sintomas desconfortáveis e impacto na qualidade de vida. A DH afeta cerca de 4,0% da população global e é caracterizada pelo aumento e deslocamento das almofadas anais normais. Thompson propôs a teoria do prolapso dos coxins anais em 1975, sugerindo que as hemorroidas são coxins vasculares compostos por tecido fibroelástico, fibras musculares e plexos vasculares. A fisiopatologia envolve o deslizamento do revestimento do canal anal, resultando em dilatação venosa e desintegração dos tecidos de suporte. As hemorroidas são classificadas com base na localização e no grau de prolapso, sendo internas (acima da linha dentada), externas (abaixo da linha dentada) e mistas. O sangramento é o sintoma mais comum, enquanto o aumento crônico do esforço durante a evacuação pode levar ao prolapso. A presença de dor anal sugere complicações, como trombose ou fissura anal. O diagnóstico é baseado na história clínica e no exame físico, com atenção para descartar câncer retal. O exame proctológico é crucial para identificar hemorroidas e outras condições anorretais. Para pacientes com suspeita de sangramento hemorroidário, uma avaliação endoscópica pode ser necessária, especialmente em casos preocupantes. O tratamento conservador envolve modificar hábitos alimentares e intestinais, enquanto opções mais agressivas, como tratamento instrumental e cirúrgico, são reservadas para casos graves. Opções terapêuticas incluem ligadura, fotocoagulação, escleroterapia e hemorroidectomia.
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