IMPACTOS RELACIONADOS AO AUMENTO DO USO ABUSIVO E PROLONGADO DE ZOLPIDEM

Resumo

INTRODUÇÃO: a insônia é um transtorno do sono comum, que ocorre em cerca de 6-10% da  população. O tratamento da insônia pode envolver abordagens não farmacológicas, como  Terapia Cognitivo-Comportamental e higiene do sono, além do uso de medicamentos  hipnóticos, como o zolpidem. Entre 2017 e 2022, o zolpidem tornou-se o medicamento mais  prescrito globalmente. Trata-se de um hipnótico não benzodiazepínico que atua no receptor  GABA-A, proporcionando efeitos sedativos e melhorando a qualidade e quantidade do sono,  mas o uso prolongado e abusivo do zolpidem pode levar a efeitos adversos e dependência. O  objetivo do estudo é investigar os impactos e efeitos adversos resultantes do uso inadequado do  zolpidem, com o intuito de orientar a prática clínica. METODOLOGIA: esse estudo é uma  revisão narrativa que busca compreender as consequências do uso prolongado e abusivo do  zolpidem. Utilizando bases de dados como PubMed, Scielo e Medline, foram selecionados  artigos que abordam os efeitos do medicamento publicados entre 2018 e 2023. Após a análise  dos títulos, resumos e critérios de inclusão, foram encontrados 10 artigos relevantes.  RESULTADOS E DISCUSSÃO: os estudos apontam que altas doses e tratamento prolongado  aumentam o risco de dependência e abuso, além da possibilidade de tornar-se ineficaz devido  à tolerância. A síndrome de retirada e a insônia rebote são preocupações comuns nessas  circunstâncias, tendo como consequência sintomas como tremores, sudorese e convulsões.  Outro efeito adverso é o sonambulismo, que pode aumentar o risco de quedas e fraturas.  CONCLUSÃO: conclui-se que é comprovada a eficácia do uso do zolpidem no tratamento da  insônia, porém devem ser considerados riscos e benefícios. A administração do medicamento  deve ser realizada com cautela, evitando doses altas e tratamento prolongado. a fim de impedir  dependência e abuso.