ASSISTÊNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL DO IDOSO: UMA REVISÃO DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.23082Palavras-chave:
Envelhecimento. Qualidade de vida. Cuidado em enfermagem. Bem-estar psicológico.Resumo
O envelhecimento populacional representa um dos principais desafios contemporâneos para os sistemas de saúde, demandando abordagens específicas para a promoção da saúde mental na terceira idade. A partir disso questiona-se “Quais as atribuições e desafios enfrentados pelo profissional de enfermagem na promoção de saúde mental do idoso?”. Este estudo tem como objetivo geral analisar a assistência dos profissionais de enfermagem na atenção à saúde mental de idosos e específicos contextualizar a assistência em saúde mental ao idoso no Brasil, analisar os desafios enfrentados e destacar as principais estratégias adotadas para a promoção da saúde mental nessa população. Trata-se de uma revisão da literatura de natureza qualitativa e descritiva, como fontes de dados seguiu-se as bases SciELO, PubMed e Google Acadêmico. O processo de seleção seguiu etapas, incluindo triagem por título, eliminação de duplicatas, análise de resumos e leitura integral dos artigos mais relevantes, com posterior análise crítica do conteúdo de artigos publicados entre os anos de 2010 e 2025. Ao todo 63 artigos foram encontrados e 12 selecionados para compor os resultados. Os estudos analisados evidenciaram que a Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha papel essencial na promoção e prevenção da saúde mental da população idosa, destacando-se como a principal porta de entrada do sistema e o espaço privilegiado para o acolhimento e identificação precoce de sintomas depressivos e ansioso. Contudo, o cuidado prestado pelo enfermeiro ainda é frequentemente pautado pelo modelo biomédico, com ênfase em práticas técnicas e farmacológicas, o que limita a abordagem integral e psicossocial do envelhecimento. Além disso, os desafios relacionados aos encaminhamentos incorretos e à fragmentação da Rede de Atenção Psicossocial revelam lacunas entre o que as diretrizes do Ministério da Saúde preconizam e o que se observa na prática cotidiana. A falta de alinhamento entre a APS e os serviços especializados compromete a continuidade do cuidado e fragiliza o vínculo terapêutico, resultando em atendimentos desarticulados e sobrecarga dos CAPS. Somam-se a isso a carência de profissionais com formação específica em saúde mental do idoso e as desigualdades regionais no acesso aos serviços, especialmente em áreas rurais. Assim, reforça-se a necessidade de políticas públicas que ampliem a formação técnica, promovam educação permanente e fortaleçam os fluxos intersetoriais, assegurando um modelo de atenção integral, inclusivo e centrado na pessoa idosa.
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