ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA: INCIDÊNCIA, PREVALÊNCIA E IMPLICAÇÕES PARA A SAÚDE MATERNO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO-BA NO RECORTE TEMPORAL DE 2019 A 2024
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22925Palavras-chave:
Treponema pallidum. Transmissão vertical. Vigilância epidemiológica.Resumo
A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida principalmente por via sexual, e classificada como sífilis gestacional quando ocorre durante a gravidez. Seu alto potencial de transmissão vertical pode gerar sífilis congênita, associada a parto prematuro, sequelas graves e até óbito fetal, configurando relevante problema de saúde pública, apesar de ser prevenível e tratável. Este estudo analisou o perfil epidemiológico e a tendência dos casos de sífilis gestacional e congênita em Juazeiro (BA), entre 2019 e 2024, buscando identificar falhas e fatores relacionados à persistência da infecção. Trata-se de estudo epidemiológico observacional, descritivo e retrospectivo, de abordagem quantitativa, utilizando dados secundários do SINAN e SIM, organizados no Microsoft Excel. Foram notificados 460 casos de sífilis gestacional, com aumento até 2022 e queda posterior, possivelmente influenciada por subnotificação. Registraram-se 100 casos de sífilis congênita, com maior ocorrência em 2020. Gestantes de 20 a 39 anos foram mais afetadas, seguidas por adolescentes, e embora 91% tenham realizado pré-natal, parcela expressiva dos parceiros não recebeu tratamento. Baixa escolaridade e registros incompletos foram frequentes. Conclui-se que a sífilis gestacional e congênita permanece como desafio no município, demandando qualificação profissional, vigilância mais eficiente e ações preventivas fortalecidas para reduzir a transmissão vertical.
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