FRANCISCO BRENNAND E A MODERNIDADE CULTURAL PERNAMBUCANA: ARTE, TERRITÓRIO E SUBJETIVIDADE COMO LINGUAGENS DE REEXISTÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i12.22853Palavras-chave:
Modernidade cultural. Arte decolonial. Francisco Brennand.Resumo
Este estudo investigou a relevância da produção de Francisco Brennand para a conformação de uma modernidade cultural implantado no contexto pernambucano, com atenção especial aos aspectos estéticos, simbólicos e territoriais de sua obra. Partiu-se do entendimento de que a modernidade cultural brasileira não se estabelece exclusivamente pela incorporação de modelos europeus, mas também pela emergência de linguagens autônomas que nascem das margens geográficas e conceituais do sistema artístico. A criação de Brennand é profundamente ligada ao barro, à mitologia, à sexualidade e à memória coletiva, essa foi interpretada como manifestação de uma subjetividade insurgente, capaz de mudar a matéria em pensamento e o território em obra. Identificou-se, na Oficina Cerâmica Francisco Brennand, não apenas um espaço de produção artística, mas um território simbólico de resistência estética, no qual arquitetura, escultura e paisagem se entrelaçam em um organismo vivo, formativo e experimental. A análise evidenciou, ainda, a atualidade do legado de Brennand para práticas artísticas contemporâneas, assim como sua introdução em políticas culturais, iniciativas educativas e reconfigurações do imaginário social. O percurso metodológico baseou-se em revisão bibliográfica de trabalhos acadêmicos publicados entre 2020 e 2025, privilegiando autores que discutem arte, decolonialidade e modernidades periféricas. Conclui-se que Brennand não apenas produziu obras, mas instituiu uma forma singular de perceber, sentir e habitar o mundo a partir do solo simbólico do Nordeste, afirmando-se como um dos protagonistas da modernidade cultural no Brasil.
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