DOENÇA DE CHAGAS CONGÊNITA: DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO NEONATAL EM ÁREAS NÃO ENDÊMICAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22767Palavras-chave:
Doença de Chagas congênita. Diagnóstico neonatal. Áreas não endêmicas.Resumo
A Doença de Chagas congênita constitui uma via relevante de transmissão do Trypanosoma cruzi e tem adquirido crescente importância em áreas não endêmicas devido ao aumento dos fluxos migratórios internacionais. Este estudo apresenta uma revisão narrativa sobre os principais desafios relacionados ao diagnóstico neonatal nesses contextos, considerando aspectos epidemiológicos, limitações técnicas e barreiras organizacionais dos sistemas de saúde. A análise evidencia que a baixa suspeição clínica, a inespecificidade das manifestações neonatais e a limitada disponibilidade de métodos diagnósticos sensíveis, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), contribuem significativamente para a subnotificação da infecção. Além disso, a ausência de protocolos sistemáticos de triagem pré-natal e a fragmentação do acompanhamento de recém-nascidos expostos dificultam a detecção precoce, comprometendo a efetividade do tratamento, que apresenta melhores resultados quando instituído nos primeiros meses de vida. Conclui-se que a melhoria do diagnóstico neonatal da Doença de Chagas em regiões não endêmicas requer uma abordagem integrada, englobando vigilância ativa, capacitação profissional, ampliação da infraestrutura laboratorial e implementação de políticas públicas específicas para populações em situação de vulnerabilidade epidemiológica.
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