ENTRE O SILÊNCIO DO NINHO E O ECO DAS RELAÇÕES: A MULHER DIANTE DA SAÍDA DOS FILHOS DE CASA NA PERSPECTIVA SISTÊMICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22748Palavras-chave:
Maternidade. Ciclo vital. Ninho vazio. Identidade feminina. Psicologia sistêmica.Resumo
Esse artigo buscou compreender como a maternidade constitui um marco significativo na vida de muitas mulheres, sendo frequentemente vinculada à construção da identidade, ao sentido de propósito e à organização da rotina familiar. Entretanto, a saída dos filhos de casa representa uma transição importante que pode provocar impactos emocionais profundos, exigindo da mulher/mãe uma reorganização tanto interna quanto nas relações familiares. O presente estudo tem como objetivo compreender como as mulheres experienciam essa fase, analisando suas implicações emocionais e as reconfigurações familiares sob a perspectiva da psicologia sistêmica. Para tanto, realizou-se uma revisão narrativa da literatura, abrangendo publicações em português e inglês disponíveis nas bases SciELO, PePSIC e Google Acadêmico, bem como obras clássicas e contemporâneas sobre o tema. Os descritores utilizados incluíram “ninho vazio”, “ciclo de vida familiar”, “mulher no ciclo vital” e “saída dos filhos de casa”. Os achados indicam que a saída dos filhos pode representar tanto uma ruptura quanto uma oportunidade de crescimento, dependendo dos recursos emocionais, sociais e familiares disponíveis. A partir dessa fase, a mulher/mãe pode encontrar uma nova identidade para si enquanto mulher, uma nova forma de entender as relações como mãe e encontrar um novo significado para sua presença em seu sistema familiar, ressignificando as relações. Ressalta-se, ainda, a importância de abordagens clínicas e teóricas sensíveis a essa etapa do ciclo de vida, capazes de oferecer suporte e favorecer a ressignificação da identidade feminina.
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