A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FORENSE NA COLETA DE EVIDÊNCIAS EM CASOS DE VIOLÊNCIA SEXUAL: REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22129Palabras clave:
Enfermagem Forense. Violência Sexual. Coleta de Evidências. Vestígios Criminais.Resumen
Introdução: A Enfermagem Forense é um campo especializado que articula saberes da saúde e do direito, atuando na identificação de vítimas e agressores e na coleta/preservação de provas em contextos de violência. No Brasil, essa atuação ocorre em hospitais, serviços de emergência, institutos de medicina legal e outros cenários. A violência sexual configura-se como grave violação de direitos humanos e problema de saúde pública, com elevado impacto físico, psicológico e social nas vítimas. Apesar de seu papel estratégico, a prática de enfermagem forense enfrenta desafios como falta de formação específica, ausência de protocolos padronizados e infraestrutura inadequada, o que pode comprometer a preservação de vestígios e a assistência humanizada às vítimas. Objetivo: Analisar a atuação da enfermagem forense na coleta de evidências em casos de violência sexual, destacando sua importância na preservação de vestígios e na humanização do atendimento. Metodologia: Revisão integrativa da literatura conduzida entre setembro e outubro de 2025 nas bases SciELO, BVS e LILACS. Foram utilizados os descritores “Enfermagem Forense”, “Violência Sexual”, “Coleta de Evidências” e “Vestígios Criminais” com o operador booleano AND. Critérios de inclusão: artigos completos, publicados entre 2020 e 2025, em português, inglês ou espanhol, disponíveis na íntegra e pertinentes ao tema. Após triagem, os dados foram organizados, analisados e sintetizados. Resultados e Discussão: Foram incluídos cinco artigos que demonstraram a atuação multifacetada do enfermeiro forense: acolhimento humanizado, anamnese detalhada, coleta e preservação de vestígios biológicos e não biológicos, registro documental e manutenção da cadeia de custódia. Estudos apontaram benefícios da implementação de modelos especializados (ex.: SANE), incluindo melhor qualidade do atendimento, redução da revitimização e maior satisfação de vítimas e equipes. Contudo, foi recorrente a identificação de lacunas: ausência de protocolos padronizados, carência de capacitação específica, infraestrutura insuficiente e sobrecarga de trabalho, fatores que comprometem a integridade probatória e a articulação com o sistema de justiça. Pesquisas também recomendam ampliar o enfoque para diferentes perfis de vítimas (homens, idosos) e adaptar protocolos comunicacionais e técnicos conforme contextos diversos. Conclusão: A enfermagem forense é essencial para a preservação de evidências e para o oferecimento de um cuidado ético e humanizado às vítimas de violência sexual. Para consolidar e fortalecer essa prática, são necessárias: padronização de protocolos institucionais; investimento em capacitação contínua e formação específica; desenvolvimento de modelos organizacionais que assegurem disponibilidade de profissionais capacitados; e articulação intersetorial entre saúde, segurança e justiça. Essas medidas visam garantir a qualidade da coleta de evidências, a proteção dos direitos das vítimas e a efetividade das investigações.
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