O PAPEL DA ULTRASSONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO E MANEJO DA PRÉ-ECLÂMPSIA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21404Palavras-chave:
Diagnóstico precoce. Pré-eclâmpsia. Ultrassonografia Pré-natal.Resumo
A pré-eclâmpsia é uma complicação comum da gestação, podendo evoluir para forma grave em 25% dos casos. É uma síndrome multissistêmica e importante causa de morbimortalidade materna e perinatal. O diagnóstico ocorre após 20 semanas, com hipertensão associada a proteinúria ou disfunção orgânica. Classifica-se conforme idade gestacional: precoce (<34s), tardia (≥34s), pré-termo (<37s) ou a termo (≥37s), com prognóstico variável. A detecção precoce é central. No 1º trimestre, o Doppler pode mostrar índice de pulsatilidade elevado e incisura protodiastólica. No 2º trimestre, a persistência do PI alto indica risco de pré-eclâmpsia precoce e RCIU. Modelos multiparamétricos que associam fatores clínicos, Doppler e biomarcadores têm sensibilidade >70% para detecção precoce. No 2º trimestre, avaliam-se também artéria umbilical, cerebral média e índice cérebro-placentário. Associados à biometria e líquido amniótico, diferenciam o PIG constitucional de RCIU. O manejo equilibra risco materno e fetal: prolongar a gestação aumenta risco materno, antecipar eleva risco fetal. Perfil biofísico, Doppler (umbilical, cerebral média e ducto venoso) e biomarcadores como sFlt-1/PlGF orientam a intervenção. Exames como USG 3D, Power Doppler 3D e elastografia ampliam a avaliação placentária, mas carecem de padronização e estudos multicêntricos, limitando a aplicação no SUS. Conclui-se que a ultrassonografia, sobretudo com Doppler, é essencial no rastreio e acompanhamento da pré-eclâmpsia precoce. Traz benefícios no risco individual, monitoramento e decisão sobre o parto, mas é mais eficaz integrada a modelos multiparamétricos, que permitem intervenções oportunas e reduzem morbimortalidade materna e neonatal.
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