O IMPACTO DO ESTRESSE TÉRMICO NA PRODUÇÃO DE VACAS LEITEIRAS

Resumo

Este artigo buscou analisar o impacto do estresse térmico na produção de vacas leiteiras, destacando seus efeitos fisiológicos, produtivos e econômicos, bem como estratégias de manejo para mitigação. O trabalho avalia como períodos prolongados de calor comprometem funções fisiológicas essenciais, como crescimento folicular, persistência embrionária e qualidade do colostro, além de provocar alterações metabólicas, incluindo alcalose respiratória, redução do consumo de matéria seca e desequilíbrios no pH ruminal. A pesquisa evidencia que os efeitos do estresse térmico variam de acordo com o perfil produtivo do rebanho, a infraestrutura da propriedade e a intensidade do calor, sendo mais críticos em animais de alta produção, que demandam estratégias intensivas de manejo. A combinação de sombreamento, ventilação, aspersão e ajustes nutricionais se apresenta como a abordagem mais eficaz, podendo ser adaptada às características regionais e climáticas. O estudo também considera a relevância do bem-estar animal como componente inseparável da eficiência produtiva, mostrando que o planejamento estratégico deve integrar medidas ambientais, nutricionais e tecnológicas. Diante das mudanças climáticas globais e da intensificação de eventos extremos de calor, a adoção de práticas preventivas e adaptativas torna-se essencial para garantir conforto térmico, produtividade, saúde dos bovinos e sustentabilidade econômica do setor leiteiro.