ENDOMETRIOSE COMO DOENÇA SISTÊMICA: EVIDÊNCIAS DE COMORBIDADES, GRANDES BASES POPULACIONAIS E IMPLICAÇÕES EM SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.21142Palavras-chave:
Endometriose. Comorbidades. Big Data.Resumo
A endometriose, tradicionalmente definida como enfermidade ginecológica restrita à pelve, vem sendo progressivamente reconhecida como uma condição inflamatória crônica de caráter sistêmico. O objetivo deste trabalho foi revisar criticamente a literatura recente sobre a relação entre endometriose e comorbidades sistêmicas. Realizou-se busca nas bases PubMed, Scielo e BVS entre 2015 e 2025, incluindo estudos observacionais, coortes populacionais, registros eletrônicos de saúde e metanálises; apenas artigos com diagnóstico confirmado de endometriose e análise de comorbidades foram incluídos, totalizando 24 publicações. Os resultados mostram associações consistentes com doenças autoimunes, cardiovasculares, metabólicas e psiquiátricas, com magnitudes de risco que variam, por exemplo, de 1,3 a 2,0 para condições autoimunes e até 2,0 para transtornos psiquiátricos. Estudos em larga escala baseados em big data identificaram perfis clínicos distintos, revelando heterogeneidade na evolução e persistência de risco mesmo após terapias cirúrgicas ou hormonais. Esses achados sustentam a necessidade de considerar a endometriose como doença sistêmica, demandando cuidado multidisciplinar, rastreamento ampliado de comorbidades e maior atenção em políticas de saúde da mulher.
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