INTERNAÇÕES POR LARINGITE E TRAQUEÍTE AGUDAS NA REGIÃO SUL DO BRASIL ENTRE 2014 E 2024: TENDÊNCIAS E FATORES ASSOCIADOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i9.20858Palavras-chave:
Laringite. Traqueíte. Internações Hospitalares. Epidemiologia. Morbidade.Resumo
Introdução: As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) representam uma das principais causas de atendimentos pediátricos, sendo responsáveis por elevada morbidade infantil, especialmente em países em desenvolvimento. Dentre essas infecções, destacam-se a laringite e a traqueíte agudas, que acometem principalmente crianças pequenas. Objetivo: Analisar as tendências das internações por laringite e traqueíte agudas na Região Sul do Brasil, considerando distribuição por sexo, etnia, faixa etária, tempo de internação e custos hospitalares. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, descritivo e quantitativo, realizado a partir de registros secundários do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do DATASUS. Foram incluídos pacientes internados com diagnóstico de laringite e traqueíte agudas (CID-10: J04) entre 2014 e 2024, totalizando 11 anos de dados avaliados. Resultados: Foram identificadas hospitalizações em ambos os sexos, com média de 609 internações anuais para homens (DP = 310) e 437 para mulheres (DP = 244), sendo o sexo masculino o mais acometido (58,24% dos casos). O teste de Shapiro-Wilk confirmou a normalidade dos dados (WW = 0,954, p = 0,692 para homens; WW = 0,945, p = 0,586 para mulheres). A etnia branca predominou nas internações (1.133 em 2015 e 1.229 em 2017), enquanto a parda ficou em segundo lugar. Observou-se um aumento nos custos hospitalares ao longo do tempo, com valor médio de internação em 2024 de R$529,55 para homens e R$511,78 para mulheres. O tempo médio de internação foi superior em homens (Média = 1677,64 dias) em comparação às mulheres (Média = 1234,82 dias). Conclusão: O estudo evidenciou uma maior frequência de internações por laringite e traqueíte agudas no sexo masculino, além de um predomínio da etnia branca na Região Sul do Brasil. Houve também um aumento progressivo nos custos hospitalares, destacando a necessidade de políticas públicas que melhorem a prevenção, o diagnóstico precoce e o manejo adequado dessas patologias para reduzir a morbidade e os custos associados.
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