TUMORES DA FOSSA POSTERIOR EM NEONATOS E LACTENTES: IMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS E NEURODESENVOLVIMENTO A MÉDIO PRAZO

Autores

  • João Vitor Gonçalves de Souza Universidade nove de julho
  • Lucas Moreira Natrielli Universidade de Santo Amaro
  • Caroline Cavalcante Leite Universidade de Santo Amaro
  • Maria Beatriz dos Santos Silva Universidade de Santo Amaro
  • Victória Carlota Hefler Universidade de Santo Amaro
  • Júlia Valena Paiva da Fonsêca Universidade Nove de Julho
  • Tamara Oliveira Souza e Silva Universidade Nove de Julho
  • Tiago Ramalho de Oliveira Universidade Federal de Santa Maria
  • Talita de Araujo Salgado Lopes Universidade Nove de Julho
  • Ligia Luana Freire da Silva Universidade Nove de Julho

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i8.20799

Palavras-chave:

Tumores do Sistema Nervoso Central. Lactente. Neurocirurgia. Desenvolvimento Infantil. Fossa Posterior.

Resumo

Introdução: Tumores da fossa posterior em neonatos e lactentes representam um desafio neurocirúrgico devido à localização crítica, ao risco de hidrocefalia e às potenciais repercussões no neurodesenvolvimento. A intervenção precoce é vital, mas pode acarretar sequelas motoras, cognitivas e comportamentais. Objetivo: Avaliar as implicações cirúrgicas e os desfechos no neurodesenvolvimento a médio prazo em neonatos e lactentes com tumores da fossa posterior. Metodologia: Revisão sistemática conforme diretrizes PRISMA e estratégia PICO. Bases de dados: PubMed, Embase, LILACS e Scopus (2010–2024). Critérios de inclusão: estudos com pacientes <2 anos, com tumores da fossa posterior e avaliação do neurodesenvolvimento após intervenção cirúrgica. Foram identificados 176 estudos; após exclusão de 28 duplicatas, restaram 148 para triagem. Destes, 89 foram excluídos por inadequação temática e 7 por conflito de interesse. Após leitura completa de 52 artigos, 40 foram excluídos por dados insuficientes, totalizando 12 estudos incluídos. Resultados: Os estudos incluídos demonstraram que, embora a ressecção cirúrgica seja frequentemente eficaz para aumentar a sobrevida, cerca de 45% a 60% dos pacientes apresentaram atraso neuropsicomotor, distúrbios de marcha e dificuldades cognitivas a médio prazo. A hidrocefalia ao diagnóstico esteve presente em até 80% dos casos e associou-se a maiores taxas de sequelas cognitivas. A necessidade de derivação ventricular correlacionou-se com atraso no desenvolvimento da linguagem. Evidências indicam que, no período pós-operatório, a reabilitação precoce com acompanhamento multiprofissional potencializa a neuroplasticidade e favorece desfechos funcionais mais satisfatórios. Conclusão: O tratamento cirúrgico de tumores da fossa posterior em menores de 2 anos envolve elevada complexidade técnica e risco significativo de déficits neurocognitivos. A presença de hidrocefalia, a idade inferior a 12 meses no diagnóstico e o tipo histológico influenciam diretamente o prognóstico. Estratégias reabilitacionais precoces e integradas são fundamentais para mitigar o impacto no neurodesenvolvimento e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.

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Biografia do Autor

João Vitor Gonçalves de Souza, Universidade nove de julho

Universidade nove de julho (Uninove).

Lucas Moreira Natrielli, Universidade de Santo Amaro

Universidade de Santo Amaro (UNISA). São Paulo-Sp. 

Caroline Cavalcante Leite, Universidade de Santo Amaro

Universidade de Santo Amaro (UNISA). São Paulo - SP. 

Maria Beatriz dos Santos Silva, Universidade de Santo Amaro

Universidade de Santo Amaro (UNISA) - São Paulo-SP. 

Victória Carlota Hefler, Universidade de Santo Amaro

Universidade de Santo Amaro (UNISA) - São Paulo - SP. 

Júlia Valena Paiva da Fonsêca, Universidade Nove de Julho

Universidade Nove de Julho - São Bernardo do Campo - SP.

Tamara Oliveira Souza e Silva, Universidade Nove de Julho

Universidade Nove de Julho - São Bernardo do Campo Sp.

Tiago Ramalho de Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria

Universidade Federal de Santa Maria - Santa Maria - RS. 

Talita de Araujo Salgado Lopes, Universidade Nove de Julho

Universidade Nove de Julho- Vergueiro- SP.     

Ligia Luana Freire da Silva, Universidade Nove de Julho

Universidade Nove de Julho.

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Publicado

2025-08-27

Como Citar

Souza, J. V. G. de, Natrielli, L. M., Leite, C. C., Silva, M. B. dos S., Hefler, V. C., Fonsêca, J. V. P. da, … Silva, L. L. F. da. (2025). TUMORES DA FOSSA POSTERIOR EM NEONATOS E LACTENTES: IMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS E NEURODESENVOLVIMENTO A MÉDIO PRAZO. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(8), 3067–3071. https://doi.org/10.51891/rease.v11i8.20799