NEUROCIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Resumo

O estudo investigou de que forma a neurociência poderia ser aplicada na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, diante da dificuldade de integrar conhecimentos sobre o funcionamento cerebral às práticas pedagógicas. O objetivo geral foi analisar as contribuições da neurociência para a aprendizagem e o desenvolvimento integral das crianças nessas etapas. A pesquisa caracterizou-se como revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa, baseada na análise de livros, capítulos de livros e artigos científicos obtidos em bases acadêmicas e selecionados de acordo com critérios temáticos e de relevância para o objeto estudado. Os resultados indicaram que a estimulação precoce, aliada a metodologias que considerem a relação entre emoções e aprendizagem, favoreceu o desenvolvimento cognitivo, socioemocional e motor. Verificou-se que, nos anos iniciais, estratégias fundamentadas na neurociência contribuíram para o aprimoramento das funções executivas, para a alfabetização e para o fortalecimento de competências socioemocionais. A utilização de recursos digitais, jogos e gamificação apresentou efeitos positivos sobre o engajamento e a retenção de conteúdos, desde que acompanhada de mediação pedagógica intencional. A análise apontou que, embora a neurociência ofereça bases consistentes para o aprimoramento do ensino, a sua implementação ainda encontra barreiras, como a falta de formação específica de professores e a ausência de políticas escolares que incentivem essa integração. Concluiu-se que a neuroeducação pode favorecer práticas alinhadas ao desenvolvimento infantil, mas que novas pesquisas são necessárias para avaliar seus efeitos a longo prazo e ampliar a compreensão de suas aplicações no contexto escolar brasileiro.