ANÁLISE DESCRITIVA DA VIA OBSTÉTRICA BRASILEIRA SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DE ROBSON
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i8.20658Palavras-chave:
Cesárea. Saúde Pública. Nascido Vivo.Resumo
A prevalência de partos cesáreos no Brasil atinge 56,7%, taxa significativamente superior ao máximo de 15% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para monitorar e gerenciar eficazmente essas taxas, a OMS preconiza o uso da Classificação de Robson, um sistema que categoriza gestantes em 10 grupos obstétricos distintos, permitindo uma análise padronizada. Este artigo buscou analisar a prevalência da via obstétrica no Brasil entre 2014 e 2023, utilizando a Classificação de Robson. Trata-se de um estudo descritivo, longitudinal, epidemiológico e quantitativo, baseado em dados secundários de domínio público do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O Grupo 5 da Classificação de Robson foi o principal contribuinte para as cesáreas, seguido pelos Grupos 2 e 1, enquanto o Grupo 3 apresentou a maior prevalência de partos vaginais. Constatou-se também que mulheres com maior escolaridade apresentaram taxas elevadas de cesáreas e que 49% das gestantes tiveram menos de seis consultas de pré-natal. Conclui-se, portanto, que os dados evidenciam a necessidade urgente de estratégias eficazes para reduzir as cesáreas desnecessárias no Brasil, incluindo políticas públicas consistentes, valorização do parto vaginal seguro e maior adesão aos protocolos clínicos.
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