O ODOR DA SOMBRA: ALIÓCHA KARAMÁZOV E O PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO EM DOSTOIÉVSKI UMA LEITURA JUNGUIANA DA TRAVESSIA SIMBÓLICA ENTRE FÉ, DÚVIDA E TOTALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i7.20492Palavras-chave:
Aliócha Karamázov. Sombra. Jung. Individuação. Dostoiévski.Resumo
Este artigo propõe uma leitura junguiana da trajetória de Aliócha Karamázov, personagem central do romance Os Irmãos Karamázov, de Fiódor Dostoiévski, enfocando o processo de integração da sombra como núcleo de sua individuação simbólica. O episódio do odor da morte do starets Zóssima é analisado como ruptura de uma projeção idealizada, inaugurando em Aliócha uma descida necessária à ambivalência da experiência humana. A partir de referenciais da psicologia analítica de Carl Gustav Jung, articula-se a travessia de Aliócha com os arquétipos do Self, da sombra e do velho sábio, destacando sua escolha ética de permanecer no mundo como gesto de maturidade espiritual. Aliócha, longe de representar um ideal ingênuo, configura-se como figura da totalidade possível: aquela que reconhece a dor, acolhe o real e transforma a compaixão em presença ativa.
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