EFEITOS DO BABY BLUES NO VÍNCULO MÃE-BEBÊ: CONSEQUÊNCIAS EMOCIONAIS E COMPORTAMENTAIS NO PÓS-PARTO

Resumo

Introdução: O fenômeno conhecido como baby blues afeta cerca de 70% a 80% das mulheres no pós-parto e é caracterizado por sintomas leves de tristeza, irritabilidade, choro fácil, insônia e ansiedade. Embora seja transitório, pode interferir no estabelecimento da relação afetiva com o recém-nascido. Objetivo: Investigar os efeitos do baby blues no vínculo mãe-bebê, analisando suas consequências emocionais e comportamentais no período pós-parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa elaborada a partir de pesquisas realizadas nas bases de dados Academic Search Premier, Embase, MEDLINE, PubMed, ScienceDirect e Scopus,  buscando responder a pergunta norteadora: “Qual a relação entre a experiência do baby blues no período perinatal e a qualidade do vínculo mãe-bebê, bem como o risco de desenvolvimento de transtornos mentais parentais?”. Resultados e Discussão: O baby blues pode dificultar a construção do vínculo afetivo materno-infantil inicial. Alterações de humor e insegurança emocional materna prejudicam a responsividade e sensibilidade da mãe, afetando a comunicação não verbal essencial nos primeiros contatos. Além disso, os impactos emocionais e comportamentais refletem na qualidade do cuidado materno, podendo interferir no desenvolvimento afetivo e cognitivo da criança. Ademais, caso não seja manejado adequadamente, o baby blues emerge como um fator de risco significativo para o desenvolvimento de depressão pós-parto. Assim, a detecção precoce e o suporte psicossocial são essenciais para minimizar riscos e promover um vínculo saudável. Conclusão: O baby blues é uma condição  capaz de desencadear padrões disfuncionais no vínculo, corroborando a necessidade de intervenções precoces para mitigar impactos no desenvolvimento infantil e na saúde mental parental.