IMPACTO DO MOMENTO CIRÚRGICO NA CORREÇÃO DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS COMPLEXAS EM NEONATOS SINTOMÁTICOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.19239Palavras-chave:
"Surgical Timing", "Congenital Heart Defects", "Neonates", "Outcomes" e "Complex".Resumo
Introdução: As cardiopatias congênitas complexas representam um grupo heterogêneo de malformações cardíacas que frequentemente se manifestam com sintomas severos no período neonatal, como cianose, dificuldade respiratória e instabilidade hemodinâmica. A correção cirúrgica dessas lesões é essencial para a sobrevida e o desenvolvimento a longo prazo, mas o momento ideal para a intervenção é uma decisão clínica crucial. Operar muito cedo em um neonato frágil pode aumentar os riscos inerentes ao procedimento, enquanto um atraso excessivo pode levar à deterioração clínica, danos irreversíveis a órgãos e complicações secundárias. Equilibrar a urgência da correção anatômica com a estabilidade fisiológica do recém-nascido sintomático constitui um dilema constante na cirurgia cardíaca pediátrica. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática da literatura foi analisar o impacto do momento cirúrgico nos desfechos de curto e longo prazo em neonatos sintomáticos com cardiopatias congênitas complexas. Metodologia: Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura seguindo as recomendações do checklist PRISMA. A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas PubMed, SciELO e Web of Science, utilizando os descritores: "Surgical Timing", "Congenital Heart Defects", "Neonates", "Outcomes" e "Complex". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos que se enquadram no tema. Os critérios de inclusão consistiram em estudos que avaliaram o impacto de diferentes momentos cirúrgicos em neonatos sintomáticos com cardiopatias congênitas complexas, reportando mortalidade, morbidade ou outros desfechos relevantes. Foram excluídos estudos focados em defeitos simples, pacientes assintomáticos ou com idade superior a 28 dias no momento da cirurgia primária. Resultados: Os estudos analisados demonstraram que o momento cirúrgico impactou significativamente os desfechos em neonatos com cardiopatias complexas sintomáticas, mas o timing ótimo variou dependendo da lesão específica. Para certos defeitos dependentes de ducto, a intervenção precoce nos primeiros dias de vida foi associada a melhor sobrevida e menor incidência de complicações. Para outras malformações, uma breve estabilização pré-operatória pareceu melhorar os resultados. Complicações como disfunção ventricular, hipertensão pulmonar e eventos neurológicos foram influenciadas pelo momento da cirurgia e pelo estado clínico do neonato no pré-operatório, sublinhando a necessidade de avaliação individualizada. Conclusão: A definição do momento cirúrgico para neonatos sintomáticos com cardiopatias congênitas complexas representou um fator crítico que influenciou significativamente os desfechos. A decisão ideal foi dependente do tipo de defeito e do estado clínico do paciente, reforçando a importância do manejo em centros especializados com experiência neste campo desafiador para otimizar a sobrevida e minimizar as complicações pós-operatórias.
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