IMPACTO DO CONTROLE GLICÊMICO INTENSIVO NOS DESFECHOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA ESTABELECIDA

Autores

  • Rangel Antonio Assis Martins
  • Edson Eduardo Oliveira Minchio
  • Marina Castro Rodrigues
  • Fernando Almeida Lima Júnior

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.19236

Palavras-chave:

"Intensive Glycemic Control", "Diabetes Mellitus Type 2", "Coronary Artery Disease", "Cardiovascular Outcomes" e "Secondary Prevention".

Resumo

Introdução: O Diabetes Mellitus Tipo 2 representa um fator de risco cardiovascular maior, e sua coexistência com a doença arterial coronariana estabelecida eleva dramaticamente a probabilidade de eventos isquêmicos subsequentes e mortalidade. O controle rigoroso da glicemia emergiu historicamente como uma estratégia fundamental para mitigar as complicações crônicas do diabetes, particularmente as microvasculares. No entanto, o impacto do controle glicêmico intensivo sobre os desfechos macrovasculares, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral ou morte cardiovascular, em pacientes que já possuíam doença coronariana documentada, apresentou complexidades e resultados que necessitam de investigação aprofundada para guiar as práticas clínicas. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática da literatura foi avaliar o impacto do controle glicêmico intensivo nos desfechos cardiovasculares maiores em pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2 e doença arterial coronariana estabelecida. Metodologia: Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura seguindo as diretrizes do checklist PRISMA. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, SciELO e Web of Science, utilizando os descritores: "Intensive Glycemic Control", "Diabetes Mellitus Type 2", "Coronary Artery Disease", "Cardiovascular Outcomes" e "Secondary Prevention". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos que se ajustavam ao tema. Os critérios de inclusão abrangeram estudos em humanos adultos com DM2 e DAC estabelecida, comparando controle glicêmico intensivo versus padrão, que reportaram desfechos cardiovasculares. Foram excluídos estudos de prevenção primária, com outros tipos de diabetes ou que não reportaram desfechos cardiovasculares maiores. Resultados: Os estudos analisados demonstraram que, enquanto o controle glicêmico intensivo foi eficaz na redução de complicações microvasculares nesta população, seus benefícios nos desfechos macrovasculares, como infarto ou AVC não fatal, foram menos consistentes e mais modestos em comparação com a prevenção primária. Alguns grandes ensaios sugeriram um aumento no risco de hipoglicemia grave associada ao controle mais rigoroso, e um estudo de destaque indicou um aumento na mortalidade por todas as causas, levantando preocupações sobre a segurança da intensificação extrema neste grupo de alto risco. Conclusão: O controle glicêmico intensivo em pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2 e doença arterial coronariana estabelecida mostrou benefícios limitados nos desfechos cardiovasculares maiores, em contraste com os resultados na prevenção primária. A abordagem terapêutica exigiu um equilíbrio cuidadoso entre os potenciais benefícios microvasculares e o risco aumentado de hipoglicemia e outros eventos adversos, sugerindo a necessidade de individualização das metas glicêmicas neste cenário clínico.

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Publicado

2025-05-09

Como Citar

Martins, R. A. A., Minchio, E. E. O., Rodrigues, M. C., & Lima Júnior, F. A. (2025). IMPACTO DO CONTROLE GLICÊMICO INTENSIVO NOS DESFECHOS CARDIOVASCULARES EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA ESTABELECIDA. Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 1(2), 1. https://doi.org/10.51891/rease.v1i2.19236