CIRURGIA VASCULAR E DOENÇAS ARTERIAIS PERIFÉRICAS EM PACIENTES COM DOENÇAS CARDÍACAS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v1i1.17670Palavras-chave:
cirurgia vascular", "doença arterial periférica", "doenças cardíacas", "co-morbidades" e "resultados clínicos"Resumo
Introdução: A cirurgia vascular em pacientes com doenças cardíacas e arteriais periféricas representa um desafio clínico significativo. A coexistência dessas condições aumenta a complexidade do tratamento e o risco de complicações. A doença arterial periférica (DAP), caracterizada pelo estreitamento ou obstrução das artérias que irrigam os membros inferiores, frequentemente coexiste com doenças coronarianas, cerebrovasculares e outras condições cardiovasculares. A interação entre essas doenças e o impacto da cirurgia vascular sobre a função cardíaca são questões cruciais a serem exploradas. Objetivo: O objetivo desta revisão sistemática da literatura foi sintetizar a evidência científica disponível sobre a relação entre cirurgia vascular, doenças arteriais periféricas e doenças cardíacas. Buscou-se identificar os principais fatores de risco, as complicações mais comuns, as estratégias de tratamento e os resultados clínicos em pacientes submetidos a procedimentos vasculares. Metodologia: A revisão seguiu as diretrizes PRISMA e incluiu artigos publicados nos últimos 10 anos nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science. Foram utilizados os seguintes descritores: "cirurgia vascular", "doença arterial periférica", "doenças cardíacas", "co-morbidades" e "resultados clínicos". A seleção dos estudos incluiu artigos originais em língua portuguesa e inglesa, que avaliaram pacientes adultos submetidos a procedimentos vasculares para o tratamento da DAP, com ou sem comorbidades cardíacas. Foram excluídos estudos de caso, revisões narrativas e estudos com delineamento metodológico inadequado. Resultados: Foram selecionados 15 estudos. A análise dos estudos incluídos revelou que a coexistência de doenças cardíacas e DAP aumenta significativamente o risco de complicações pós-operatórias, como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. A avaliação pré-operatória rigorosa, incluindo a otimização do controle das doenças cardíacas, é fundamental para minimizar esses riscos. A escolha do procedimento cirúrgico e a técnica anestésica devem ser individualizadas, considerando as características clínicas de cada paciente. Os resultados a longo prazo da cirurgia vascular em pacientes com comorbidades cardíacas são variáveis e dependem de diversos fatores, como a extensão da doença, a presença de outros fatores de risco e a qualidade do acompanhamento pós-operatório. Conclusão: A cirurgia vascular em pacientes com doenças cardíacas e arteriais periféricas representa um desafio clínico complexo. A coexistência dessas condições aumenta a morbimortalidade pós-operatória. A otimização do tratamento médico pré-operatório, a escolha adequada do procedimento cirúrgico e o acompanhamento multidisciplinar são essenciais para melhorar os resultados clínicos. Estudos futuros são necessários para identificar novas estratégias terapêuticas e marcadores prognósticos que possam auxiliar na tomada de decisão clínica.
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