ASPECTOS SOCIODEMOGRÁFICOS DE DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS NO ESTADO DO PARÁ (2018-2022)
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i11.17085Palavras-chave:
Doenças tropicais negligenciadas. DTN no Estado do Pará. Leishmaniose visceral. Leishmaniose tegumentar e doença de Chagas.Resumo
As doenças tropicais negligenciadas (DTN) são enfermidades que assolam gerações há séculos no mundo todo, e são caracterizadas por serem endêmicas de regiões com baixo desenvolvimento socioeconômico, como países da Ásia, África, Oriente Médio, e principalmente nas Américas, com foco nas Américas Central e do Sul. Além disso, possuem alto grau de morbidade, porém a mortalidade relativamente baixa. O diagnóstico dessas doenças é complexo e o tratamento possui muitas falhas e falta de eficácia, provocando impactos negativos na saúde pública e por muitas vezes ocasionando o abandono de tratamento. O objetivo deste trabalho é discutir os aspectos sociodemográficos da doença de Chagas e da leishmaniose no Estado do Pará. O estudo foi realizado a partir de dados das variáveis sociodemográficas da doença de Chagas e leishmanioses, com dados disponibilizados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e TABNET/ DATASUS. De acordo com os dados coletados, no ano de 2018 a 2022 foram notificados 1.280 casos de doença de Chagas aguda, e no mesmo período foram confirmados 15.292 casos para leishmaniose tegumentar. Já para leishmaniose visceral, foram notificados 1.495 casos. Constatou-se uma prevalência na faixa etária de 20 a 39 anos tanto nos casos de doença de Chagas quanto na leishmaniose tegumentar, diferindo apenas os casos de leishmaniose visceral, no qual a faixa etária mais expressiva foi a de 1 a 4 anos. Já em relação ao sexo e etnia, foi observado que a prevalência são indivíduos masculinos de raça parda. Em relação aos municípios com maiores números de casos para doença de Chagas aguda, a liderança foi o município de Ananindeua, para leishmaniose tegumentar o município de Santarém, e para leishmaniose visceral o município de Parauapebas. Concluiu-se que o perfil epidemiológico é comum para as três doenças, com exceção da variável faixa etária, no Estado do Pará, e recém-nascidos e crianças fazem parte do grupo de risco da leishmaniose visceral. Portanto, é fundamental que os órgãos públicos de saúde atenuem ações de vigilância e controle epidemiológico sobre estes grupos supracitados e desenvolvam novas técnicas de combate e prevenção, além de promover educação à população paraense baseada no conhecimento científico acerca destas doenças.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Atribuição CC BY