ABORDAGEM CIRÚRGICA DA ESTENOSE MITRAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM FEBRE REUMÁTICA: PERSPECTIVA REUMATOLÓGICA E CARDIOVASCULAR
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i10.15930Palavras-chave:
Estenose mitral. Febre reumática. Cirurgia cardíaca pediátrica. Complicações e resultados clínicos.Resumo
Introdução: A estenose mitral é uma complicação frequente em pacientes pediátricos que desenvolveram febre reumática, uma condição inflamatória que pode resultar de infecções por estreptococos. A estenose mitral ocorre quando a válvula mitral não se abre adequadamente, levando a dificuldades na circulação sanguínea e, consequentemente, a sintomas graves, como dispneia e edema. A abordagem cirúrgica é muitas vezes necessária para restaurar a função valvular e prevenir complicações a longo prazo, como insuficiência cardíaca e arritmias. A gestão deste quadro clínico requer uma perspectiva integrada, que considere tanto os aspectos reumatológicos quanto cardiovasculares, uma vez que a inflamação sistêmica associada à febre reumática pode impactar o prognóstico pós-operatório. Objetivo: Analisar as evidências sobre a abordagem cirúrgica da estenose mitral em pacientes pediátricos com febre reumática, focando nos resultados clínicos e nas implicações para o manejo a longo prazo. Metodologia: A metodologia seguiu o checklist PRISMA e incluiu uma busca em bases de dados como PubMed, Scielo e Web of Science. Utilizou-se cinco descritores principais: “estenose mitral”, “febre reumática”, “cirurgia cardíaca pediátrica”, “complicações” e “resultados clínicos”. Os critérios de inclusão abrangeram artigos que discutiram pacientes pediátricos com estenose mitral secundária à febre reumática, publicações em inglês ou português e estudos realizados nos últimos dez anos. Em contrapartida, foram excluídos trabalhos que abordaram adultos, revisões não originais e estudos que não apresentaram dados clínicos significativos. Resultados: Os resultados mostraram que a cirurgia, em particular a valvoplastia mitral, apresentou alta taxa de sucesso, com a maioria dos pacientes experimentando melhora significativa dos sintomas e qualidade de vida. As complicações pós-operatórias foram relativamente raras, mas a monitorização cuidadosa foi considerada crucial. Estudos ressaltaram a importância do tratamento precoce da febre reumática para prevenir a progressão da estenose. Conclusão: A abordagem cirúrgica da estenose mitral em pacientes pediátricos com febre reumática demonstrou ser eficaz e segura, com resultados positivos a longo prazo. O manejo multidisciplinar, que integra cuidados reumatológicos e cardiovasculares, foi fundamental para otimizar os desfechos clínicos. Além disso, a identificação precoce da febre reumática e a intervenção cirúrgica adequada são essenciais para melhorar a qualidade de vida das crianças afetadas.
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