MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i7.14777Palavras-chave:
Polycystic Ovary Syndrome. Cardiovascular Risk. Women. Clinical Manifestations and Insulin Resistance.Resumo
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma endocrinopatia comum que afeta mulheres em idade reprodutiva, caracterizada por uma série de manifestações clínicas, como irregularidades menstruais, hiperandrogenismo e a presença de ovários policísticos. Além desses sintomas, a SOP tem sido associada a um aumento significativo no risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Mulheres com SOP frequentemente exibem uma variedade de fatores de risco cardiovascular, incluindo resistência à insulina, obesidade, dislipidemia e hipertensão. Esses fatores podem predispor essas pacientes a eventos cardiovasculares adversos a longo prazo, tornando a compreensão e a gestão desses riscos um aspecto crucial no tratamento da SOP. A literatura científica tem investigado amplamente essas associações, buscando elucidar os mecanismos subjacentes e as melhores abordagens terapêuticas para mitigar esses riscos. Objetivo: examinar e sintetizar as manifestações clínicas e os fatores de risco cardiovascular em mulheres com SOP, destacando as evidências recentes sobre o tema para orientar futuras pesquisas e práticas clínicas. Metodologia: esta revisão seguiu o checklist PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science para a busca de artigos. Os cinco descritores utilizados foram "Polycystic Ovary Syndrome", "Cardiovascular Risk", "Women", "Clinical Manifestations" e "Insulin Resistance". Os critérios de inclusão foram: estudos publicados nos últimos dez anos, artigos disponíveis em texto completo e estudos que abordassem especificamente a relação entre SOP e fatores de risco cardiovascular. Os critérios de exclusão incluíram estudos de caso, revisões não sistemáticas e artigos que não abordassem diretamente a população feminina com SOP. Resultados: indicaram que a resistência à insulina foi uma das principais manifestações clínicas em mulheres com SOP, contribuindo significativamente para o aumento do risco cardiovascular. Além disso, a prevalência de obesidade e dislipidemia foi marcadamente maior nesse grupo em comparação com a população geral. A hipertensão também foi frequentemente observada, reforçando a necessidade de monitoramento contínuo e intervenção precoce. Estudos adicionais destacaram a importância de um manejo multidisciplinar que inclua modificações no estilo de vida e, quando necessário, intervenções farmacológicas. Conclusão: a revisão revelou que mulheres com SOP apresentam um perfil de risco cardiovascular elevado, com múltiplas manifestações clínicas que agravam esse risco. A identificação precoce e a gestão adequada desses fatores são essenciais para melhorar a saúde cardiovascular dessas pacientes. A literatura enfatizou a necessidade de abordagens terapêuticas integradas para mitigar os riscos e melhorar a qualidade de vida das mulheres com SOP.
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