IDEIAS PARA O BRASIL AJUDAR A ADIAR O FIM DO MUNDO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v10i7.14371Palavras-chave:
Environment. Indigenous. Preservation. Environmental Policy.Resumo
O presente artigo tem como intuito analisar a obra “Ideias para adiar o fim do mundo.” (KRENAK, Ailton) e ponderar se a atuação da Política Ambiental do Governo Federal segue na mesma direção preservacionista apontada pelo livro ou se anda em antagônico caminho. A análise nos faz refletir sobre a importância da preservação dos biomas uma vez que avanços em pesquisas ambientais demonstram que as queimadas e o desmatamento florestal afetam diretamente o aquecimento global. Apesar da preservação do meio ambiente ser garantia expressamente inserida na Constituição Federal Brasileira, a contemporânea administração ambiental nacional demonstra um sério descaso com o tema, com um verdadeiro desaparelhamento dos órgãos ambientais, o que se verifica nos números de queimadas recordistas comumente verificados nos últimos, afrontando acordos firmados internacionalmente em descompasso com a Bioética e o Biodireito. Tal posicionamento anda em direção contrária à posição da obra “Ideias para adiar o fim do mundo.” (KRENAK, Ailton) que busca “humanizar” elementos a natureza que, em sendo assim, com um olhar mais detalhado, estariam sujeitos a direitos, e deveres, a serem preservados e defendidos. Conhecido pensador da atualidade, o indígena Ailton Krenak luta pelos direitos dos povos indígenas, e, no livro em comento, atribui às modernas civilizações o papel de predadores do meio ambiente e analisam se há humanidade em atos de autodestruição, com a exploração excessiva da natureza, chegando a exaustão dos biomas. O Livro foi pensado após uma viagem à Lisboa, baseado em entrevistas e em palestras por ele ministradas. Analisando a obra, verificamos a importância do cumprimento de metas ambientais, porém, como demonstrado, objetivos como a redução de resíduos não são prioridades da atual gestão ambiental brasileira, que age em inobservância ao que preceitua a Constituição Federal Brasileira. Entre outras causas, a ausência do Estado e o desaparelhamento realizado pelo Governo Federal nos órgãos ambientais, estão diretamente ligadas ao aumento de queimadas contribuindo com a destruição dos biomas.
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