COMPARAÇÃO DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À TUBERCULOSE ENTRE AS MACRORREGIÕES DO PARANÁ, NO PERÍODO DE 2012 A 2022

Resumo

Introdução: Aproximadamente 95% dos casos de tuberculose ocorrem em países subdesenvolvidos. A importância de abordar fatores socioeconômicos para alcançar o controle da tuberculose é reforçada pelo fato de que muitos países desenvolvidos experimentaram uma rápida redução na carga da tuberculose mesmo sem acesso adequado ao tratamento de alta qualidade da tuberculose. Objetivo: Realizar uma comparação dos principais fatores de risco associados à tuberculose entre as macrorregiões do Estado do Paraná, no período de 2012 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, realizado a partir dos dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificações. Análise e discussão dos resultados: A amostra final incluiu o total de 28.327 pacientes. Houve maior taxa de infecção pelo HIV na macrorregião leste (n = 2.156; 15%). Na região norte, houve predomínio de alcoolismo (n = 1.494; 28%) e tabagismo (n = 1.681; 31%). Cerca de 6% a 9% foram classificados como diabéticos, e 3% apresentavam algum tipo de transtorno mental. Com relação ao desfecho, a porcentagem de óbitos por tuberculose foi de 4% em todas as regiões. Considerações finais: Embora a taxa de cura seja elevada e não haja diferenças na taxa de mortalidade entre as regiões, é crucial que os esforços de saúde pública se concentrem na educação, na detecção precoce e no tratamento eficaz da tuberculose, além de programas específicos para abordar os fatores de risco identificados em cada localidade, visando à redução da incidência da doença em todo o estado.