PREVALÊNCIA DE LER/DORT ENTRE DOCENTES E DISCENTES DE ODONTOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v9i6.10412Palavras-chave:
Odontologia. LER. DORT. Docentes. Discentes. Ergonomia.Resumo
Os Cirurgiões-Dentistas, como a maioria das profissões estão expostos a diversos fatores de riscos que podem interferir no seu bem-estar. Para que estes profissionais sejam poupados desta exposição inadequada e de outros fatores, é necessária uma orientação ergonômica relacionada a postura e atividades rotineiras nos consultórios, de modo que identificamos riscos severos a saúde destes profissionais. O acadêmico de Odontologia também está sujeito a esses fatores e, associado a falta de experiência, favorecem a fixação de vícios posturais. Esta pesquisa objetivou determinar a prevalência de Lesões por Esforços Repetitivos e Doenças Osteomusculares, entre docentes e discentes de um curso de Odontologia. Foi conduzido um estudo observacional, transversal, de caráter quantitativo. O estudo foi desenvolvido, em uma Clínica Escola de Odontologia. Foram convidados para a pesquisa os docentes do curso de Odontologia que desenvolviam atividades nas clínicas odontológicas, e os discentes que estavam matriculados nas disciplinas que envolvam a clínica. Foi utilizada a Metodologia Ergonômica do Sistema Humano-Tarefa-Máquina (SHTM) de Moraes e Mont’ Alvão (2010) que é baseada na engenharia de sistemas. Para esta pesquisa aplicou-se apenas a primeira etapa deste método que é “apreciação ergonômica”, uma fase exploratória que mapeia os problemas relativos a higiene e a segurança do trabalho e o Questionário Nórdico de Sistemas Osteomusculares. Os resultados demonstraram que do total de 350 alunos apenas 146 responderam ao questionário havendo uma predominância do sexo feminino (74,7%). No perfil dos 27 docentes que responderam o questionário sociodemográfico e nórdico houve uma predominância do sexo feminino de (66,7%). Referente a prevalência de dor nos últimos doze meses encontrou-se que “dor em alguma parte do corpo” acometeu 78,8% dos discentes, principalmente em região lombar (43,8%) e pescoço (34,9%). Enquanto que de a “dor em alguma parte do corpo”, nos últimos 07 dias entre os docentes, foi de 51,9%. Na prevalência de dor nos últimos doze meses dos docentes encontrou-se que “dor em alguma parte do corpo” foi de 70,4%, principalmente em região de ombro (44,5%). Sobre as características da clínica escola os discentes responderam que os ambientes físicos e ambientais de trabalho em geral são regulares. Os principais problemas relatados foram o ruído (45,9%), a cadeira odontológica (41,1%) e os armários (41,15%). Através das ferramentas ergonômicas no trabalho, mostrou-se a necessidade de orientações ergonômicas e preventivas nas atividades dos discentes e docentes, favorecendo aplicabilidade da ergonomia na prática odontológica.
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