ESTUDO DA USABILIDADE DE UM PROTÓTIPO DE AUTOTESTE PARA TRIAGEM DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v7i3.750Palabras clave:
HIV. Self – test. Rapid tests. Iimmunodeficiency. Health.Resumen
Globalmente, cerca de um terço dos jovens conhecem o status de HIV, o que está muito abaixo da meta de 95% da Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas. Aumentar o acesso e a aceitação do teste de HIV é fundamental para reduzir a incidência do HIV e para melhorar o acesso ao tratamento e ao suporte para pessoas soropositivas. Pessoas cientes de serem soropositivas são menos propensas a terem um comportamento de risco, assim como as pessoas que recebem tratamento antirretroviral (ART) e aderem a este tratamento, são menos propensas a transmitirem o vírus para outras pessoas. Estas estratégias são formas de ajudar na diminuição da transmissão do vírus e no impacto sobre a epidemia da doença. Com o autoteste para HIV, as pessoas podem usar FO para descobrir se possuem o vírus em um ambiente privado e conveniente, com a vantagem de um resultado rápido dentro de 20 minutos ou menos. Para aqueles que apresentarem resultados positivos, recomenda-se buscar testes confirmatórios nas unidades de saúde, além do encaminhamento, o mais breve possível, para os serviços de cuidado, prevenção e tratamento. Esse tipo de testagem é uma forma de alcançar um maior quantitativo de pessoas sem o diagnóstico de HIV, uma vez que facilita o acesso ao diagnóstico precoce e cria-se demanda para a testagem de HIV, viabilizando o teste às pessoas que enfrentam barreiras no acesso aos serviços de saúde. Esta pesquisa teve como objetivo central avaliar a usabilidade de um protótipo de autoteste do HIV desenvolvido a partir do TR DPP® HIV – 1/2 Fluido Oral de Bio-Manguinhos, em 112 participantes de pesquisa, seguindo recomendação da Nota Técnica N° 20/2016/GEVIT/GGTPS/ANVISA. Trata-se de um estudo com abordagem de método misto para avaliação da usabilidade de um protótipo de autoteste do HIV entre usuários leigos. Técnicas de coleta de dados serão feitas a partir de observação através de vídeos de usuários leigos conduzindo a autotestagem sem supervisão, uma lista de checagem qualitativa pela observação do participante, entrevistas pré-teste e pós-teste e ficha de encerramento. Foram identificados e registrados os erros percebidos durante a execução do teste pelos participantes da pesquisa em relação aos procedimentos descritos nas instruções de uso, assim como uma avaliação de risco através da classificação quanto à gravidade dos erros. Desta forma, entre os 107 participantes que finalizaram o autoteste, quatro participantes (3,74%) acertaram todos os passos. 103 participantes (96,26%) cometeram erros em um ou mais passos. 31 participantes (29,0%) interpretaram os resultados do teste de forma errada. Foi concluído que será necessária a utilização de apenas uma instrução de uso, com letras maiores e maior quantidade de ilustrações. Adicionalmente, será necessária a modificação do envelope do suporte para facilitar a abertura, assim como a revisão e alteração do texto, ilustrações e suporte para promover a concordância entre as informações. Tais modificações estão sendo realizadas como medidas de controle para facilitar o manuseio do autoteste e entendimento das instruções de uso pelos usuários e reduzir os riscos (palavras-chave: autoteste HIV, testes rápidos, imunodeficiência).
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