REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE ESTUDANTES DE CORREÇÃO DE FLUXO ESCOLAR SOBRE LEITURA
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v7i10.2699Palabras clave:
Alfabetização. Leitura. Repetência. Correção de Fluxo Escolar. Teoria das Representações Sociais.Resumen
Os/as educandos/as carregam de modo subjacente aos comportamentos diante da leitura as concepções que têm sobre ela. Essas representações podem mudar conforme novas vivências. Esta pesquisa parte da hipótese que discentes em atraso escolar agem passivamente frente à leitura por terem representações ancoradas em ideias negativas sobre ela, baseadas em experiências desagradáveis, dificultando a alfabetização. Essa conjectura originou o objetivo deste estudo: compreender as representações sociais de leitura elaboradas por oito estudantes – não alfabetizados e repetentes – de uma turma de correção de fluxo da rede municipal do Recife. Nessa perspectiva, adotou-se como referencial teórico-metodológico a Teoria das Representações Sociais (TRS) pela preocupação com a interrelação entre sujeito e objeto e como é construído o conhecimento do senso comum. Realizou-se um estudo de caso como estratégia metodológica de investigação-ação, com abordagem qualitativa e modalidade etnográfica. Os instrumentos de produção de dados foram a observação participante, para verificação das relações do grupo com a leitura, e as entrevistas, para averiguação das transformações das representações. O exame dos dados pautou-se na análise de conteúdo. Os resultados revelaram quatro categorias: concepções ancoradas em aspectos positivos, concepções ancoradas em aspectos negativos, concepções ancoradas na escolarização e concepções ancoradas no letramento. Verificaram-se transformações nas representações devido às novas experiências pedagógicas. No final do ano não havia indicadores ancorados em ideias negativas. Conclui-se que mudanças nas representações impactaram positivamente na aprendizagem. Este estudo deixa sua contribuição ao abordar as relações entre as representações de um objeto (leitura) e a sua aprendizagem (alfabetização), impulsionando reflexões sobre às colaborações da TRS à educação, atribuindo um olhar psicossocial ao processo educativo e às dificuldades presentes nesse percurso.
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