EFICÁCIA DA FISIOTERAPIA CONSERVADORA NO DEDO EM GATILHO

Resumen

O dedo em gatilho, ou tenossinovite estenosante, caracteriza-se pelo estreitamento do túnel fibroso por onde passam os tendões flexores, comprometendo o deslizamento tendíneo e gerando estalidos, dor e limitação funcional. O presente estudo teve como objetivo analisar a evolução fisioterapêutica de uma paciente do sexo feminino, 66 anos, com diagnóstico de dedo em gatilho no 2º quirodáctilo da mão direita, atendida na Clínica de Ensino e Pesquisa em Fisioterapia da Universidade Iguaçu (UNIG). Trata-se de um estudo de caso, conduzido mediante avaliação detalhada incluindo anamnese, exames físicos específicos, testes articulares, força muscular, perimetria e sensibilidade. O plano terapêutico foi estruturado com aplicação de ultrassom terapêutico, laserterapia, mobilização articular, alongamentos, cinesioterapia e orientações ergonômicas. Durante as primeiras sessões, o ultrassom não promoveu melhora significativa da dor; entretanto, com a introdução da laserterapia contínua, observou-se resposta clínica imediata, com redução expressiva da dor e progressão funcional. Após onze sessões, foi constatada diminuição do edema, melhora da força muscular de grau 4 para grau 5, aumento das amplitudes de movimento do punho e dos dedos e normalização da sensibilidade, além de redução da EVA de 10 para 3. Os achados demonstram que a intervenção fisioterapêutica sistematizada, especialmente com o uso do laser terapêutico associado à cinesioterapia e mobilizações, contribuiu de forma significativa para o restabelecimento da função do dedo afetado. Conclui-se que a fisioterapia desempenha papel fundamental na reabilitação da tenossinovite estenosante, possibilitando recuperação funcional eficiente, redução das recidivas e retorno pleno às atividades de vida diária.