PREVALÊNCIA DOS CASOS DE HANSENÍASE PAUCIBACILAR E MULTIBACILAR NO ESTADO DO PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2018 E 2024.

Autores/as

  • Nicolle Martineli Pereira Universidade Federal do Pará
  • Maria Antônia Matos Araújo Universidade Federal do Pará
  • Luciana Hitomi Barbosa da Silva Universidade Federal do Pará
  • Maurício Ferreira Souza Universidade Federal do Pará
  • Vinícius Amaral de Sousa Albuquerque Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22809

Palabras clave:

Hanseníase, Prevalência, Pará, Saúde pública, Vigilância epidemiológica

Resumen

Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, caracterizada pelo acometimento da pele e dos nervos periféricos. Ainda constitui um importante problema de saúde pública no Brasil, sobretudo em regiões com maiores desigualdades sociais, destacando-se o estado do Pará como área endêmica. Objetivo: Analisar a prevalência da hanseníase no estado do Pará, bem como a distribuição dos casos em paucibacilar e multibacilar e sexo, no período de 2018 a 2024. Método: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo e descritivo, realizado a partir de dados secundários obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio da plataforma DATASUS/TABNET. Foram analisadas as variáveis número total de casos, classificação operacional e sexo. Resultados e discussão: Observou-se maior número de casos em 2018 e 2019, com prevalência aproximada de 40 por 100.000 habitantes. A partir de 2020, houve redução para cerca de 25 casos por 100.000, mantendo-se relativa estabilidade até 2024, possivelmente relacionada à diminuição da vigilância epidemiológica e do acesso aos serviços de saúde durante a pandemia de COVID-19. Verificou-se predomínio da forma paucibacilar nos dois primeiros anos e da forma multibacilar a partir de 2020, sugerindo atraso no diagnóstico e manutenção da transmissão ativa. Também foi identificado predomínio de casos no sexo masculino, com razão aproximada de 2:1 em relação ao feminino, possivelmente associado a fatores comportamentais e menor procura por serviços de saúde. Conclusão: A hanseníase permanece como importante agravo no estado do Pará, evidenciando a necessidade de fortalecimento das ações de vigilância, busca ativa, diagnóstico precoce e acompanhamento dos contatos, aliados a políticas públicas que atuem sobre os determinantes sociais da saúde, com o objetivo de reduzir a transmissão e prevenir incapacidades.

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Biografía del autor/a

Nicolle Martineli Pereira, Universidade Federal do Pará

Graduanda em Medicina, Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil.

Maria Antônia Matos Araújo, Universidade Federal do Pará

Graduanda em Medicina, Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil.

Luciana Hitomi Barbosa da Silva, Universidade Federal do Pará

Graduanda em Medicina, Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil.

Maurício Ferreira Souza, Universidade Federal do Pará

Graduando em Medicina, Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil.

Vinícius Amaral de Sousa Albuquerque, Universidade Federal do Pará

Graduando em Medicina, Universidade Federal do Pará. Belém, Pará, Brasil.

Publicado

2025-11-28

Cómo citar

Pereira, N. M., Araújo, M. A. M., Silva, L. H. B. da, Souza, M. F., & Albuquerque, V. A. de S. (2025). PREVALÊNCIA DOS CASOS DE HANSENÍASE PAUCIBACILAR E MULTIBACILAR NO ESTADO DO PARÁ ENTRE OS ANOS DE 2018 E 2024 . Revista Ibero-Americana De Humanidades, Ciências E Educação, 11(11), 8634–8644. https://doi.org/10.51891/rease.v11i11.22809