A ARQUITETURA COLONIAL DA DOR: TANATOPOLÍTICA E PRODUÇÃO DO SOFRIMENTO PSÍQUICO RACIALIZADO
DOI:
https://doi.org/10.51891/rease.v11i10.21327Palabras clave:
Tanatopolítica. Sofrimento psíquico. Necropolítica. Saúde coletiva. Epistemologias da adaptação.Resumen
Este artigo investiga o sofrimento psíquico das populações racializadas como produto intencional das estruturas tanatopolíticas que regulam de forma desigual a vida e a morte, produzindo subjetividades marcadas pela exclusão, violência simbólica e extermínio lento. A partir de uma abordagem interdisciplinar que articula psicanálise crítica, psicologia social e estudos sociais contemporâneos, com ênfase na memória e na política do sofrimento, analisa-se como a violência ontológica opera mecanismos de morte lenta que naturalizam a exclusão das populações subalternizadas. O trabalho demonstra que o sofrimento psíquico não constitui patologia individual, mas efeito sociogênico das estruturas coloniais que produzem subjetividades dóceis e corpos descartáveis. A metodologia inspira-se na reflexão crítica de Eduardo Restrepo sobre a problematização das formas de produção do conhecimento, valorizando a historicidade e singularidade dos eventos sociais. Conclui-se pela necessidade urgente de estratégias de intervenção em saúde coletiva que promovam equidade racial e reconheçam as táticas de sobrevivência como formas de resiliência e agência. Dados revelam que populações negras enfrentam prevalência maior de transtornos mentais devido ao racismo estrutural, destacando a urgência de transformações epistêmicas radicais no campo da saúde mental através de clínicas políticas que contextualizem adequadamente o trauma racial.
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